Deputado Botelho (Foto: JLSiqueira/ALMT)

A gravidez é um momento importante na vida de uma mulher, embora seja um processo natural, traz múltiplas exigências, ocasionando a vivência de um período de adaptação ou reorganização corporal, bioquímica, hormonal, familiar e social. A atenção obstétrica e neonatal deve ter como ponto central a qualidade e a humanização com vistas a que ela possa suprir suas necessidades e a do futuro bebê. Pensando nisso, o deputado Eduardo Botelho apresentou ao parlamento projeto de lei que visa a que o Estado supra todas as informações necessárias às futuras mamães.

O projeto de lei 322/16 institui a implantação de cursos à mulher gestante sobre cuidados e atendimentos emergenciais a crianças de zero a seis anos da rede hospitalar pública de Mato Grosso. O curso deverá ser ministrado em hospitais e postos de saúde da rede pública, durante o período do pré-natal, por equipes interdisciplinares das áreas de medicina, nutrição, enfermagem, psicologia e serviço social pertencentes aos quadros da Secretária de Estado de Saúde de Mato Grosso.

Deverão ser ministrados os temas: A importância do pré-natal; Amamentação; Vacinação; Primeiros-socorros; Alimentação; Desenvolvimento infantil e Cuidados básicos para evitar acidentes. “ É dever do Estado e dos profissionais de saúde acolher com dignidade a mulher e o recém-nascido, enfocando-os como sujeitos de direitos num processo de humanização, dada a importância crucial da gestação e dos primeiros anos de vida para o desenvolvimento total do ser”, justificou Botelho.

Para a publicitária Maria Cristina de Souza Teodoro, que é mãe de Calebe, de 8 meses, “o projeto é importante porque realmente vivemos numa época de muitas novidades e a mãe precisa de um preparo". Ela nos contou que buscou informações em diversos lugares e participou de um curso promovido pelo plano de saúde a que tem acesso, mas ressaltou que para muitas mães que não têm acesso a plano de saúde ou informações de certa forma privilegiada, o curso é imprescindível. “É muito importante. Eu tive essa ajuda do plano num curso de uma semana, mas mesmo assim tive que buscar mais informações sobre parto, amamentação e cuidados básicos, então para todas as mães um curso ofertado pelo SUS é importante e acho até que deve ser obrigatório para todas as mulheres que fizerem o pré-natal”, opinou.

No projeto de lei, Botelho lembrou que é na primeira infância que o ser humano desenvolve suas capacidades cognitivas, motoras, socioafetivas e de linguagem, por isso o investimento nesse período garante à criança, além de todos os direitos definidos em lei, o direito de ser saudável, viver em segurança e no aconchego familiar. “Esses direitos devem ser assegurados por meio de políticas públicas que tragam medidas preventiva, educativa e esclarecedora às mães sobre os cuidados essenciais com a própria gestação e com a criança nos primeiros anos de vida, garantindo-lhes saúde e desenvolvimento psicoemocional, capaz de afastá-los das constantes causas de doenças e distúrbios que lotam as clínicas médicas”, defendeu Botelho.