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Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso


Terça-feira, 11 de outubro de 2016 19h08


PIRACEMA

Onze mil pescadores podem ser prejudicados em MT com duplicidade de portarias em vigor

Hoje, as duas determinações, uma federal e outra estadual, têm períodos distintos do defeso em Mato Grosso e a categoria de pescadores pode ficar até dois meses sem pescar e nem receber o seguro-desemprego de pescador

SANDRA COSTA / Assessoria de Gabinete



Deputado Eduardo Botelho recebe representantes de pescadores (Foto: Angelo Varela/ALMT)

Aproximadamente 50 pescadores de Cuiabá, Várzea Grande e Santo Antônio do Leverger estiveram reunidos na tarde desta terça-feira (11.10) com o deputado Eduardo Botelho, 1º vice-presidente da Assembleia Legislativa, devido a um conflito das duas portarias em vigor, uma federal e outra estadual, que possuem períodos distintos para o início e término do período da piracema. 

Devido a essa indefinição, 11 mil pescadores profissionais podem ser prejudicados. O vice-presidente da Federação dos Pescadores de Mato Grosso e presidente da colônia de pescadores Z14 de Várzea Grande, Belmiro Lopes de Miranda, explica que a portaria federal, determinou o início da piracema para os rios da Bacia do Amazonas entre os dias 1º de novembro de 2016 e 28 de fevereiro de 2017 e para os rios da Bacia do Araguaia e Bacia do Amazonas entre os dias 1º de novembro de 2016 e 28 de fevereiro de 2017. 

“Já a portaria estadual, com base em decisão do Conselho Estadual da Pesca (Cepesca), definiu um período único de 1º de outubro de 2016 a 31 de janeiro de 2017 em todo o estado. Hoje não podemos pescar e também não temos acesso ao seguro desemprego de pescador que é pago pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) porque eles levam em consideração o período da portaria federal”, explicou Miranda. 

O conflito entre as portarias do governo federal e governo estadual tem afetado toda a cadeia produtiva da pesca. O empresário na área de materiais de pesca e iscas vivas, Domingos Elizeu Filho, conhecido como “Neno”, também compareceu à reunião e pediu providências. 

Deputado Eduardo Botelho recebe representantes de pescadores (Foto: Angelo Varela/ALMT)

“O que estamos questionando não é sobre a antecipação do fechamento da pesca, pois ninguém é contra o adiantamento da pesca. Estamos questionando é o fato de existir duas portarias paralelas onde cada uma define um período distinto do defeso. A preocupação é saber qual data que vai valer. Essa indefinição impacta em todo segmento”, pontuou Domingos. 

Também participou da reunião o ex-presidente da Federação da Pesca e ex-superintendente do Ministério da Pesca, Lindemberg Gomes de Lima. Após ouvir as reivindicações, o deputado Eduardo Botelho disse que vai cobrar uma solução quer seja junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), ou ao Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). 

“O Estado antecipou o decreto do defeso, mas existe uma portaria federal que estipula o início em novembro. Quem paga o seguro desemprego ao pescador é o INSS, que utiliza por base o período federal. Existe uma incoerência e vamos procurar uma solução porque são pessoas que dependem da atividade pesqueira. São milhares de famílias de ribeirinhos e eles não podem perecer por essa situação”, concluiu Botelho. 

 

 


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Telefone: (65) 3313-6760


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