Quarta-feira, 16 de março de 2005 14h08
O QUE OS PODERES CONSTITUíDOS PODEM FAZER PARA PROMOVER A COMPATIBILIZAçãO DAS CRESCENTES OSCILAçõES DO DóLAR COM AS CONDIçõES DE SUSTENTAçãO DO PRODUTOR NO CAMPO? COMO ANDA O SETOR AGROPECUáRIO NO ESTADO E QUE POLíTICAS...
AL e segmentos discutem problemas agropecuário
Audiência deve culminar com o referendo a Carta do Centro-Oeste e novas propostas de políticas que possam alavancar o setor, que sofre a crise da safra 2004/2005
MARIA NASCIMENTO / SECRETARIA DE IMPRENSA
A audiência foi requerida pelo deputado Humberto Bosaipo (PFL). Para ele, o setor vive uma realidade em que “tem produtor pagando para trabalhar porque os custos de produção ficaram maiores do que os de venda” - uma realidade que desafia os governos que precisam criar mecanismos para que o produtor continue no campo, e tudo isso sem prejudicar os bancos.
A conjuntura de perdas no setor foi gerada por diversos fatores, a seca, a ferrugem asiática, uma supersafra norte-americana e o principal deles, a desvalorização do dólar frente ao Real. Uma oscilação não esperada. Muitos fizeram empréstimos num cenário de dólar com preço elevado, o dólar caiu e com ele os ganhos.
O lucro foi para baixo, junto com a moeda americana, enquanto os impostos se mantém. A Audiência Publica será realizada pela AL em parceria com a Federação da Agricultura de Mato Grosso (Famato) e Sindicatos Rurais. É a terceira atividade política articulada para discutir o setor.
Em novembro de 2004 uma reunião do segmento culminou com a criação da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja). Depois no início deste mês de março, uma segunda reunião em Rio Verde (GO) com representantes de todo o cerrado brasileiro e a presença do Ministro da agricultura, Roberto Rodrigues, aprovou a “Carta do Centro- Oeste”, um conjunto de propostas que foi enviado ao presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva e que deve ser referendada nesta quinta -feira.
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