Sexta-feira, 28 de abril de 2006 17h32
O INSTITUTO MEMóRIA DA ASSEMBLéIA LEGISLATIVA DE MATO GROSSO, EM CONJUNTO COM A SECRETARIA DE COMUNICAçãO DA CASA, LANçA NO PRóXIMO DIA 4 DE MAIO O EVENTO “ARNE SUCKSDORFF”. UMA EXPOSIçãO DE FOTOS E APRESENTAçãO DO DOCUMENTáRIO “ARNE SUCKSDORFF: UMA VIDA DOCUMENTANDO A VIDA”...
AL homenageia cineasta sueco em exposição
VALÉRIA CRISTINA / SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO
Segundo a secretária do Instituto Memória, Isis Catarina, o evento é uma reverência da Assembléia à história do cineasta que levou a vida e os problemas do Pantanal para o mundo inteiro. “Ele divulgou para o mundo a vida do homem pantaneiro”, frisa. Isis destaca que o documentário será exibido somente na abertura do evento, às 16 horas, no auditório I, no dia 4. Já a exposição de fotos, que retrata os bastidores das filmagens do documentário, permanece no saguão de entrada da Assembléia até o dia 10 de maio.
A diretora do documentário, Bárbara Fontes, passou 10 anos pesquisando a vida de Sucksdorff. Por meio de patrocínio conseguido pela Lei Hermes de Abreu, de incentivo à cultura, ela concretizou o projeto em 2001, quando fez as filmagens na Suécia, Rio de Janeiro, Cuiabá, Pantanal e Poconé. Uma semana depois de encerrado o trabalho, o cineasta morreu em Stocolmo, de enfisema pulmonar, onde já estava doente há algum tempo. “A mulher dele, dona Maria, me ligou e disse que o último pedido de Arne foi ser cremado e ter as cinzas jogadas no Pantanal. Será a última imagem de seu documentário, me disse ela”, conta Bárbara.
Arne Sucksdorff chegou ao Brasil na década de 60. Ficou um período no Rio de Janeiro e quando veio conhecer o Pantanal se apaixonou pela região, onde passaria os próximos 30 anos de sua vida. Ele esteve em 56 acampamentos em várias partes do Pantanal, quando o Estado de Mato Grosso ainda era um só. Depois morou em Cuiabá por um período. Sua mulher, Maria Sucksdorff, é cuiabana. Eles tiveram dois filhos que hoje moram em Várzea Grande.
O cineasta foi o primeiro sueco a ganhar um Oscar, o prêmio maior do cinema mundial. Foi em 1945, com o curta Ritmos de uma cidade. Na Europa ele fez mais de 20 filmes e quando veio ao Brasil foi responsável por ministrar o primeiro curso de cinema do Rio de Janeiro. Sobre o Pantanal Sucksdorff fez uma série de quatro filmes.
Bárbara já mostrou sua exposição em Cuiabá, no ano passado, em um dos shoppings da Capital. No ano passado, a exposição também foi levada para Brasília.
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