Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso

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Sexta-feira, 16 de janeiro de 2004 11h51


A ASSEMBLéIA LEGISLATIVA DE MATO GROSSO LANçOU SáBADO(17), à NOITE, EM NORTELâNDIA, O LIVRO “DESIGUALDADES REGIONAIS DE MATO GROSSO”, ORGANIZADO PELA MESA DIRETORA. O PRESIDENTE DA CASA, DEPUTADO JOSé RIVA (PTB), E OS DEPUTADOS ELIENE LIMA (PSB) E JOSé CARLOS DE FREITAS (PFL) PARTICIPAM DA CERIMôNIA DE LANçAMENTO...

AL lança, em Nortelândia, livro sobre desigualdade

Trabalho reúne informações sobre economia rica de municípios do passado, fundada principalmente na mineração, e de novas cidades da agricultura

JONAS DA SILVA / SECRETARIA DE IMPRENSA



A Assembléia Legislativa de Mato Grosso lançou sábado (17), à noite, em Nortelândia, o livro “Desigualdades Regionais de Mato Grosso”, organizado pela Mesa Diretora da Assembléia Legislativa. O presidente da Casa, deputado José Riva (PTB) e os deputados Eliene Lima (PSB) e José Carlos de Freitas (PFL) participam da cerimônia de lançamento, no Centro da Juventude Padre José Matias Orth.

De acordo com o presidente Riva, o livro é uma mostra de dados econômicos e sociais de diferentes regiões de Mato Grosso. Dividido por atividades econômicas com base nos censos da década de 80 e 90 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a publicação traz uma panorâmica das regiões pobres e ricas de Mato Grosso segundo os enfoques de mais desenvolvidas e estagnação da atividade econômica.

“O estudo possibilitou a elaboração do projeto do ICMS Social. O livro traz uma radiografia sobre os municípios mato-grossenses e queremos levar essas informações aos prefeitos, vereadores e a sociedade em geral para juntos corrigirmos as desigualdades regionais”, avalia Riva sobre a contribuição do livro para a ação e planejamento de administradores e lideranças políticas. “Essas disparidades impedem a geração de emprego e renda”, diz.

Segundo o vice-presidente da Associação Matogrossense dos Municípios (AMM) e prefeito de Nortelândia, Rodolmildo Rodrigues Silva (PFL), o fator desigualdade pesa nas políticas públicas implementadas pelas prefeituras de Mato Grosso e, desta forma, o livro serve para despertar na população a consciência de que há a diferença.

“Nós prefeitos somos avaliados como iguais, somos comparados com nossa capacidade de investir e o cidadão quer resultado. Mas temos diferenças e a principal delas é sobre recurso. Temos receita per capta gritante de um município para outro”, relata o prefeito sobre as conseqüências das desigualdades econômicas.

Rodolmildo afirma também que os municípios antigos têm mais encargos com dívidas de empréstimos e com a Previdência Social, algo que os municípios novos não têm. “Municípios velhos, quando colonizados, eram área de garimpo. Em função da degradação da área, essas localidades estão abandonadas”, diz.

Nortelândia tem sua economia na pecuária leiteira e de corte e agricultura da soja e milho. O município tem cerca de 9 mil habitantes e repasse mensal, em média, de R$ 60 mil do ICMS arrecadado pelo Estado.

Riqueza e pobreza

O livro faz um diagnóstico e divide Mato Grosso em quatro partes: regiões em regressão ou estagnada, por exemplo, o entrono de Cuiabá; região com baixo dinamismo; aquelas com moderado dinamismo, como municípios de Juara e Alta Floresta; e regiões dinâmicas, como municípios da soja e algodão (Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Rondonópolis, Primavera do Leste, Sorriso e Sinop).

Riva cita que a desigualdade regional em Mato Grosso pode ser avaliada de perto por contingentes de populações próximas, como os municípios de Primavera do Leste e Poxoréo.

De acordo com o assessor da Presidência, economista Maurício Munhoz, que também participou da elaboração do livro, o estudo é o resultado da necessidade de uma pesquisa que apresentasse, estatisticamente, a diferença social das regiões. “Os números apontados nesta obra servirão como objetos de estudo para elaboração de medidas benéficas às regiões menos favorecidas”.

Na publicação estão compiladas e cruzadas informações como disparidades regionais em função do crescimento populacional, que variou do crescimento negativo ao expressivo; a receita agropecuária, que permite um comparativo entre a capacidade de geração regional de receita agropecuária, onde capta a totalidade monetária gerada pelas unidades produtivas; o rebanho bovino; a mecanização agrícola e os transportes nas propriedades rurais; a população; o valor adicionado; o índice de desenvolvimento humano (IDH) e o consumo de energia elétrica, dentre outros indicadores.

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