Assembléia Legislativa completa 170 anos de criação no próximo dia 12 de agosto. Ex-deputados, ex-servidores, além de autoridades e a população em geral, estão sendo convidados pela Mesa Diretora, através do presidente, deputado José Riva (PTB) para participar de um dia de festividades alusivas à data.

A programação será iniciada às 7hs com alvorada festiva. Às 8hs, tem honras militares com hasteamento das bandeiras de Mato Grosso e do Brasil. Às 8hs30 tem Culto Ecumênico.

Uma solenidade, às 9hs30 marcará o lançamento de um selo e um carimbo comemorativos à data, numa parceria entre a Assembléia Legislativa e a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Ainda para comemorar seus 170 anos, a AL lança um Cartão Telefônico em parceria com a Brasil Telecom. Uma Sessão Solene às 19h30m encerra a programação.

Símbolos:

Os símbolos a serem lançados para marcar os 170 anos da Assembléia Legislativa de Mato Grosso mostram a sede do Parlamento com destaque para o Centro Geodésico. O local é conhecido por ter sido palco de momentos históricos. O LARGO DA FORCA, o CAMPO DOURIQUE, como a PRAÇA DE TOUROS, mais tarde PRAÇA DO ALEGRE, simbolizou, espaço de lazer e de concentração de diferentes movimentos, onde ocorreram diversas manifestações culturais.

Rico em lendas e história, local de touradas, mais tarde abrigando os parques de diversões e circos, sempre teve um movimento vivo de toda as camadas sociais de Cuiabá, até tornar-se sede do Poder Legislativo.

Histórico dos nomes:

Largo da Força

Seu primeiro nome foi “Largo da Forca” por ter sido palco de enforcamentos, punições a escravos e condenados que eram sacrificados em público. Na época, os moradores da redondeza tinham convicção que o local era assombrado, e era comum dizer que se ouviam gritos, gemidos e almas penadas passeando pelo Largo. No dia de finados a população acendia velas e fazia orações.

A criançada costumava fazer peraltagem, ora se escondendo atrás do marco geodésico ora fantasiados, embrulhados em lençóis ou com “véus” pretos e roxos, de suas mães religiosas, assustando as pessoas desavisadas que passavam, ao entardecer, perto do largo.

Campo DOurique

Depois o espaço recebeu o nome de Campo DOurique” à época, Portugal, com a conquista do espaço antes limitado ao Tratado de Tordesilhas traz para o Brasil nomes que referenciavam a pátria mãe. Assim as praças, ruas, vilarejos receberam denominações que vinham da história lusitana ou homenageavam os seus heróis.

Importado da história de Portugal, o Campo DOurique, situado no Alentejo, foi palco da famosa e decisiva batalha travada em 1.139, quando D. Afonso Henriques, rei lusitano, derrotou e expulsou os Mouros que haviam invadido a Península Ibérica. Essa batalha ficou famosa na história portuguesa, pois está envolta em lendas, que diziam ter havido premonições a respeito do sucesso da batalha, e o Campo DOurique significou Vitória. O antigo Largo da Forca, para homenagear tal região, foi nomeado pelos portugueses “Campo DOurique”.

O Campo DOurique foi palco de representações culturais da maior expressão para a cultura cuiabana, pois ali se dava o fechamento da famosa Festa do Divino, misto de espetáculo civil e religioso, que contava, anualmente, com a participação das diversas camadas da sociedade. A festa tinha grande Procissão, seguida de Missa Cantada, e culminava com 3 dias de apresentação das touradas, que era o ponto alto, sendo a última realizada em 1929. Em 1930 os festejos do Senhor Divino eram encerrados com grande Baile, pois nesse ano já não foram mais apresentadas as touradas no Campo DOurique, por proibição da Igreja.

Praça do Alegre

Nomenclatura atribuída ao antigo Campo DOurique após a Guerra do Paraguai, rememorando a Batalha do Alegre, ocasião em que os brasileiros saíram vitoriosos. Mesmo com a troca oficial na toponímia, o Campo DOurique ainda permaneceu no linguajar cuiabano.

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