A decisão da Mesa Diretora foi ressaltada em plenário na sessão matutina desta quarta-feira (14) pelo presidente da Casa, deputado José Riva (PTB).

A Mesa Diretora da Assembléia Legislativa decidiu se manifestar em relação ao incidente ocorrido ontem (13), envolvendo o deputado José Carlos de Freitas (PFL) na sede do Incra em Cuiabá.

O parlamentar foi abordado e mantido como refém durante cerca de duas horas, por integrantes do MST e MTA, respectivamente, Movimento dos Sem Terra e Movimento dos Trabalhadores Acampados.

A Assembléia, através da sua assessoria jurídica, vai reportar o fato ao Ministério Público Federal e também à direção nacional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), para que as devidas providências sejam tomadas, uma vez que o direito de ir e vir do parlamentar José Carlos de Freitas foi cerceado quando este desempenhava suas funções na sede do órgão.

A decisão da Mesa Diretora foi ressaltada em plenário na sessão matutina desta quarta-feira (14) pelo presidente da Casa, deputado José Riva (PTB).

“Foi uma situação muito difícil e lamentável. Não podemos permitir que fatos como este voltem a acontecer. É preciso que a Reforma Agrária aconteça”, desabafou Freitas, que chegou à sede do Incra para uma audiência para debater sobre o problema da colheita da cana nas usinas de Jaciara e do Pantanal.

Durante o episódio, os integrantes dos movimentos questionaram o deputado sobre os projetos que o parlamentar já apresentou em prol da classe trabalhadora.

“Estávamos ali para reivindicar o direito da colheita da cana nas usinas e também resguardar a vida dos cerca de 1,5 mil operários que trabalham dentro da usina”, afirmou a psicóloga Naiara Ferreira de Oliveira, de Jaciara, que solicitou o intermédio do deputado nas negociações da usina.

Acompanharam também o vereador Max Joel Russi (PL) e diretores das usinas.

“Todos têm o direito a Terra. Por isso, é preciso que haja uma Reforma Agrária justa”, disse Freitas, ao direcionar a culpa ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que segundo o deputado, ainda não apresentou nenhuma ação que culmine na solução do problema.

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