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Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso


Quarta-feira, 26 de novembro de 2003 17h18


Artigo: Santo Antonio Merece

FILOGÔNIO PEDROSO (FILÓ) / MILITANTE PO



Foi com agradável surpresa que tomei conhecimento da tramitação de um projeto de lei propondo a desapropriação de uma área territorial para a futura implantação de um distrito industrial no município de Santo Antonio de Leverger. A proposta legislativa é de autoria do deputado estadual Mauro Savi (PPS), parlamentar que cumpre primeiro mandato e com base eleitoral no médio-norte do Estado, mais precisamente em Sorriso.

Trata-se, na verdade, de uma medida de caráter político que pode resultar em grandes benefícios para Leverger, a baixada cuiabana e, certamente, para o Estado de Mato Grosso.

Para nós, santo-antonienses, a idéia é auspiciosa e merece de plano todo o nosso apoio e empenho no sentido de vê-la aprovada e sancionada. É desnecessário dizer sobre a importância da concretização do objetivo contido no bojo da proposição em apreciação no Legislativo Estadual.

Vou afirmar, sem medo de errar e apenas para sintetizar o seu significado, que ela representa a redenção econômica e social para Santo Antonio do Leverger e sua apática e estagnada economia. É, sem dúvida, uma perspectiva palpável de um futuro promissor. É o caminho mais seguro e duradouro para se chegar ao tão sonhado, difundido e reclamado estágio de criação de emprego e renda. A minha geração, mais vivida e experiente, e a dos jovens atuais têm o dever de antecipar esse futuro. Precisamos e vamos mudar o curso e o rumo de nossas vidas, começando por abraçar a defesa dessa redentora ação política, causa que, a partir de agora, não é só do deputado Mauro Savi e sua assessoria ou mesmo da Assembléia Legislativa, mas sobretudo de todos nós filhos, admiradores e amigos de Leverger.

Conclamo, ainda, como calejado militante político, que sejam deixadas de lado as quizílias políticas e que o espírito de união seja a marca determinante desta empreitada em favor do centenário município de Santo Antonio de Leverger, berço histórico do processo de industrialização no Estado ocorrido no final do século XIX e começo no século XX, período pontuado por um expressivo conjunto de usinas produtoras de açúcar e álcool, situadas no correr do rio Cuiabá, de cuja casta econômica surgiram figuras proeminentes que brilharam e comandaram, por longo tempo, a atividade política em Mato Grosso e até mesmo no País.

Todos sabem da proximidade entre a capital do Estado e Santo Antonio de Leverger, cidades ligadas por rodovia asfaltada, sem restrição de acesso. Todos sabem que energia elétrica não é mais um entrave à expansão das atividades empresariais. Todos sabem da premente necessidade do revigoramento econômico dos municípios integrantes da região da baixada cuiabana. Todos sabem dos riscos potenciais da manutenção desta precária situação social causada, em sua maior parte, pela ausência de oportunidades de emprego e melhores perspectivas de vida. O exemplo mais visível, e indesejável, dessa conjuntura econômica e social adversa, num cinturão metropolitano, é a baixada fluminense, onde, infelizmente, como se sabe, impera a violência, o desrespeito à lei, o desafio ousado e o confronto rotineiro com as autoridades da área de segurança pública. Todos sabem que o traçado original da ferrovia prevê a passagem dos trilhos pelo município de Leverger. Todos sabem que o gás natural está aqui, disponível e abundante. Todos sabem da concreta realidade estampada pela competitiva agricultura e pecuária do Estado.

Enfim, todos sabem que é necessário mudar, expandir e abrir novas oportunidades de crescimento e desenvolvimento socioeconômico, a partir de um cenário de beneficiamento e transformação de matéria-prima, buscando, na medida do possível, privilegiar municípios da baixada cuiabana. De acordo com esse prognóstico, Santo Antonio de Leverger, com toda a altivez de seu passado histórico, advoga ser o sítio ideal para recepcionar o embrião da retomada de um novo processo industrial, o qual, segundo entendo, deve priorizar a implantação de empreendimentos industriais demandadores de mão-de-obra, tais como indústrias de confecção têxtil, calçadista, alimentícia, moveleira, entre outras.

Não vou cantar vitória antecipada, porque sei das enormes dificuldades que precisam ser superadas. Mas, ressalto que o propósito disposto no projeto de lei de Mauro Savi é um convite à luta. É um despertar para os santo-antonienses acreditarem num futuro melhor, cheio de oportunidades e aberto para melhores condições de vida para todos. E sei, também, que é gostoso batalhar o embate democrático, franco, participativo e com objetivos claros e alvissareiros. Dar o primeiro passo será de extrema importância para principiar uma longa caminhada que, em síntese, propiciará a redenção social e econômica de uma localidade ordeira e à espera de um novo surto de progresso e bem-estar. Vamos dá-lo, agora. A hora é esta. Santo Antonio de Leverger, merece.


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