A indústria madeireira ganhou hoje (21), o apoio da Assembléia Legislativa e da bancada federal, após ato público realizado pelo setor, em Cuiabá, que protestou a posição contrária do Ibama (MT), referente à Medida Provisória desautorizando manejo florestal na região norte do estado.

Em reunião com o governador Blairo Maggi (PPS), a categoria teve ainda, a confirmação de que o legislativo estadual irá aprovar o projeto de zoeneamento ambiental, que tem como objetivo, conciliar os interesses dos madeireiros com segmentos que defendem a preservação do Meio Ambiente.

O presidente da Assembléia Legislativa, deputado José Riva (PTB) o primeiro secretário, Silval Barbosa (PMDB) e Pedro Satélite (PPS), ambos da região norte, reafirmaram o empenho do parlamento em relação às reivindicações dos empresários madeireiros. “Assim que o Executivo encaminhar o projeto de zoneamento vamos aprová-lo”, disse Silval.

Para José Riva, o governo federal que se elegeu sob a bandeira da geração de renda e emprego, deveria analisar com coerência as necessidades da categoria, que resolveu protestar contra a MP 2.166/2001. A decisão, aumentou de 50% para 80% a reserva legal nas áreas de floresta.

E o IBAMA exige ainda, em novos planos de manejo que todas as áreas regularizadas antes da edição da MP, em atendimento ao Código Florestal, sejam retificadas.

“O zoneamento é um dos principais instrumentos que vai ajudar os madeireiros que hoje significa desenvolvimento para vários municípios”, disse Riva.

Blairo Maggi prometeu enviar o projeto de zoneamento nos próximos dias. O gerente do Ibama, Hugo José Shceuer Werle reconheceu a manifestação dos madeireiros e admitiu falhas na legislação ambiental e de recursos humanos para atuar no setor.

Segundo ele, a déficit será suprido com a contratação de procuradores do Ibama para a região norte de Mato Grosso, que ficou viabilizada, após concurso público realizado pelo órgão no mês passado.

O presidente do sindicato dos madeireiros, Sidney Belincanta, afirmou que a categoria pretende ampliar o raio de atuação no mercado nacional e mundial sem agredir o meio ambiente. “Queremos ser parceiros para a preservação dos recursos naturais, mas também, garantir a sobrevivência de nossas atividades”, disse.

De acordo com Belincanta, em função dos reflexos negativos, depois da MP, várias empresas estão em situação delicada. “A MP é precária e não mostra nenhuma urgência para ser aplicada como pretende o governo federal”, afirmou.

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