Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso

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Quinta-feira, 7 de abril de 2005 17h55


A MESA DIRETORA DA ASSEMBLéIA LEGISLATIVA APRESENTOU HOJE MOçãO DE CONGRATULAçõES àS AUTORIDADES E AO POVO DE CUIABá PELO TRANSCURSO DOS SEUS 286 ANOS DE FUNDAçãO. O PRESIDENTE DA CASA, DEPUTADO SILVAL BARBOSA (PMDB), LEMBROU NA OCASIãO QUE CUIABá...

Assembléia homenageia Cuiabá pelos seus 286 anos

A Moção apresentada pela Mesa Diretora e apoiada pelos demais parlamentares lembra que foi de Cuiabá que se ampliou as fronteiras territoriais do Brasil

ADEILDO LUCENA / SECRETARIA DE IMPRENSA



A Mesa Diretora da Assembléia Legislativa apresentou hoje Moção de Congratulações às autoridades e ao povo de Cuiabá pelo transcurso dos seus 286 anos de fundação. O presidente da Casa, deputado Silval Barbosa (PMDB), lembrou na ocasião que Cuiabá foi o primeiro município criado em Mato Grosso e que dele derivam todos os outros que hoje formam os Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e boa parte de Rondônia.

A propósito, o primeiro secretário da Assembléia, deputado José Riva (PTB), destacou o breve histórico de Cuiabá, que se encontra registrado no Instituto Memória do Poder Legislativo e diz o seguinte:

Foi em Cuiabá que tudo começou oficialmente. Dela se originou o Estado de Mato Grosso e, por isso, é descrita por muitos como cidade mãe, sendo inclusive apontada como a principal responsável pela ampliação das fronteiras territoriais do Brasil.

Segundo os historiadores, a primeira notícia que se tem sobre o território atual de Cuiabá remonta aos anos de 1670 a 1673. Naquela época, o paulista Manoel Campos Bicudo, em busca das Minas dos Martírios, subiu o rio Cuiabá até confrontar-se com o Morro da Canastra (hoje denominado Morro de São Jerônimo no município de Chapada dos Guimarães). Dali seguiu o rio das Mortes, sem nunca ter chegado nas lendárias minas.

Nos anos de 1718, o filho de Manoel Bicudo, Antônio Pires de Campos, retomou a busca das Minas dos Martírios. Seguindo o exemplo do seu pai, subiu o rio Cuiabá e na região da barra do rio Coxipó encontrou índios, mercadoria preciosa à época. Aprisionou quantos pode e com essa carga perigosa e preciosa voltou para São Paulo. No caminho encontrou-se com a bandeira de Pascoal Moreira Cabral, que já se embrenhava por estes sertões com a intenção de prear índios. Foi então que lhe indicou o local da tribo. Tomaram rumos opostos, um descendo e o outro subindo pelo rio Cuiabá.

Conta a história que Paschoal Moreira Cabral não teve a mesma sorte do seu antecessor. Os índios, assustados com a matança e a prisão de seus irmãos, fizeram uma tocaia às margens do rio Mutuca. Quase destruíram toda bandeira, que bateu em retirada, indo armar acampamento à barra do Coxipó. Ali, fortificou-se e aguardou a chegada de outra bandeira que também vinha na mesma direção também com a intenção de prear índios. No local fundou-se o primeiro arraial, próximo ao local denominado São Gonçalo Velho, pouco abaixo da barra do Coxipó.

Os paulistas sabiam que a região era rica em ouro e puseram-se a garimpar. Mesmo sem as ferramentas apropriadas os paulistas encontraram ouro em abundância. Já não ligavam para a roça já plantada e nem queriam mais prear índios. Renderam-se ao brilho do ouro.

A notícia da descoberta das Minas de Cuiabá logo se espalhou. Novas bandeiras se formavam e outros paulistas vinham e se dedicavam exclusivamente à mineração. Foram subindo o Coxipó e seus afluentes, se espalhando pelas regiões vizinhas.

Abandonaram o arraial primitivo e se agruparam em Forquilha, já na confluência do rio Mutuca com o Coxipó. No local levantaram a primeira igreja em homenagem a Nossa Senhora da Penha da França e celebram a primeira missa. Há quem afirme que esse foi o maior passo além do tratado de Tordesilhas.

Em seguida Paschoal Moreira Cabral retorna com sua bandeira para o antigo acampamento, em São Gonçalo Velho e lá se encontra com Miguel Sutil. Acontece uma nova corrida do ouro e o acampamento começa a fervilhar de pessoas. A manutenção da ordem e ocupação do lugar exigiram que Pascoal Moreira Cabral, juntamente com outros bandeirantes, registra-se o lugar oficialmente. Então, foi lavrada a ata da fundação do Arraial de Cuiabá, em 08 de abril de 1719.

Em outubro de 1722, com a descoberta das Lavras do Sutil, no córrego da Prainha, todo o arraial da Forquilha foi para ali transferido, ocupando o local onde se encontra hoje a Igreja do Rosário, no centro de Cuiabá.

A 1º de janeiro de 1727 Cuiabá recebe foro de vila por determinação do capitão general de São Paulo e recebe a denominação de Vila Real do Senhor Bom Jesus do Cuyabá. Por Carta Régia de D. João VI, de 17 de setembro de 1818, a vila é elevada a categoria de cidade.

Hoje, portal da Amazônia, portal do Pantanal, reconhecida guerreira e vitoriosa, Cuiabá de ruas estreitas e largas avenidas, casarios e edifícios, igrejas seculares e templos modernos de vários credos, praças e palcos de eventos e de nossa história, a cidade com suas diversidades culturais caminha para se transformar numa grande metrópole, mas sem perder jamais a sua tradicional característica de cidade hospitaleira.

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