Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso

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Terça-feira, 16 de abril de 2002 00h00


ASSEMBLéIA REALIZARá AUDIêNCIA PúBLICA

Assembléia realizará audiência pública

Nesta quinta, às 18h, para discutir problemas da instituição

HAROLDO ASSUNÇÃO / ALMT



A Assembléia Legislativa irá realizar, às 18h desta quinta-feira (18), audiência pública para discutir os problemas administrativos e financeiros enfrentados pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). A audiência foi requerida pelos deputados Humberto Bosaipo (PL) e José Riva (PSDB), respectivamente presidente e primeiro-secretário da Casa. Os parlamentares assumiram de antemão o compromisso de, através do Legislativo, realizar todo o trabalho de articulação política em defesa da instituição - inclusive mobilizando a bancada federal mato-grossense.

Participarão dos debates o reitor da UFMT, Paulo Speller, acompanhado por pró-reitores e assessores da Instituição, além de diversos representantes do empresariado e da sociedade organizada, que recentemente constituíram o movimento “Sociedade Abraça UFMT”. Estarão representadas as Federações do Comércio (Fecomércio), Indústrias (Fiemt) e Agricultura (Famato), além do Fórum Empresarial de Turismo, Associação Brasileira das Empresas Organizadoras de Eventos, TV Gazeta, MTV, TCO, Rotary Clube e BPW (Business and Professional Women).

“Equipamentos quebrados, biblioteca desatualizada, ventiladores quase caindo sobre nossas cabeças, às vezes falta até giz. Isso nos revolta, mas não podemos ter vergonha de escancarar a realidade aos olhos da comunidade, pois sem o precioso apoio da sociedade mato-grossense, não conseguiremos sensibilizar o governo federal”, desabafou, em tom angustiado, a pró-reitora de ensino de graduação, Maria Lucia Cavalli, em recente reunião do movimento em defesa da instituição. “A UFMT está sucateada”, sintetizou o reitor Paulo Speller. O reitor reclama da “insensibilidade” demonstrada pelo governo federal e conclama os representantes do empresariado e da sociedade para uma grande mobilização em defesa da UFMT. “Já fomos recebidos em audiência nos Ministérios da Educação e Planejamento, ocasiões em que, inclusive, nos acompanhou o governador do Estado. Em Sinop, entreguei pessoalmente ao presidente Fernando Henrique a análise dos problemas, bem como o projeto visando solucioná-los. Ninguém nos deu atenção”. Para o reitor, apenas a mobilização da sociedade poderá despertar a atenção de Brasília para a UFMT. “Temos que mostrar ao governo a importância da universidade federal para Mato Grosso”.

Além dos problemas expostos pela pró-reitora de graduação, Paulo Speller destaca a necessidade de reforma, adequação e ampliação das instalações físicas, além de estender a informatização e implantar um sistema para rápido acesso à internet. O reitor também reclama autonomia para realização de concurso e contratação de docentes. “Com pouco mais de R$ 7 milhões, resolveríamos os problemas estruturais da UFMT e poderíamos desenvolver um programa para ampliação de vagas, de forma a dobrar o número de acadêmicos em dois ou três anos”, assegurou.

PARCERIAS - Com a experiência adquirida à frente da pró-reitoria da Unic, o médico Arthur Monteiro - que foi professor da UFMT durante muitos anos -, sugeriu ao reitor Paulo Speller a realização de parcerias com a iniciativa privada para captar recursos e desonerar a instituição. Entretanto, ele reconheceu a insuficiência de tal solução frente à dimensão dos problemas enfrentados pela UFMT. Enfatizou a necessária participação da sociedade a fim de despertar a atenção do governo federal para a universidade. Lembrou a mobilização social que resultou na criação da instituição, no final da década de 1960. “Naquela época, quando Cuiabá contava pouco menos de 80 mil habitantes, cerca de dez mil pessoas reuniam-se na praça Alencastro para reclamar a implantação da UFMT”, recordou.

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