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Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso


Segunda-feira, 6 de outubro de 2003 17h56


A AUDIêNCIA PúBLICA REQUERIDA PELO DEPUTADO MAURO SAVI (PPS) PARA DEBATER CONFLITOS INDíGENAS SEGUE PROGRAMAçãO DA COMISSãO DE DIREITOS HUMANOS DA CâMARA DOS DEPUTADOS. CONFIRMARAM PRESENçA NA AUDIêNCIA DESTA QUARTA-FEIRA, OS DEPUTADOS, PASTOR REINALDO (PTB-RS), ORLANDO FANTAZINI (PT-SP) E CéSAR MEDEIROS (PT-MG). UMA COMISSãO DE DEPUTADOS VISITA A ALDEIA DOS íNDIOS XAVANTES...

Ato em Cuiabá é parte de programação nacional

Câmara dos Deputados programa visitas em Estados do Brasil. CIMI aposta na busca de soluções para conflitos

JOSÉ LUIZ LARANJA / SECRETARIA DE IMPRENSA



A audiência pública requerida pelo deputado Mauro Savi (PPS) para debater conflitos indígenas segue uma extensa programação da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. Confirmaram presença na audiência pública desta quarta-feira, os deputados, Pastor Reinaldo (PTB-RS), Orlando Fantazini (PT-SP) e César Medeiros (PT-MG).

Na quarta-feira (8/10), pela manhã, a comissão formada pelo deputado Mauro Savi visita a aldeia dos índios Xavantes (Sangradouro), que fica próxima da BR-070, entre os municípios de Primavera do Leste e Poxoréo.

“Essas caravanas têm se revelado um importante instrumento, não só de denúncias das situações encontradas, mas, sobretudo, no estabelecimento de diagnóstico e recomendações para a melhoria efetiva desses problemas políticos envolvendo índios, fazendeiros, madeireiros, posseiros e produtores”, afirmou Mauro Savi.

O Conselho Indigenista Missionário (CIMI), em Cuiabá, entende que a audiência será importante para discutir a violência envolvendo aldeias indígenas. Para a coordenadora de equipe do Conselho, Maristela Souza Torres, o quadro atual dos conflitos está aumentando a cada dia e nada se tem feito para diminuir esse problema.

“As invasões em áreas indígenas com supostos assassinatos vem crescendo no País e temos um recente exemplo, com vários índios Caiabis que estão desaparecidos há mais de seis meses. Há casos de fazendeiros, madeireiros e posseiros envolvidos e ninguém tem notícias”, alerta Maristela Torres.

Outro ponto indagado pela coordenadora está direcionado com a falta de uma política mais enérgica por parte do Governo Federal. “Ele (governo) precisa tomar uma postura mais séria, caso contrário teremos muitas mortes pela frente. Acredito que a vinda dessa comissão à Cuiabá será de fundamental importância para debatermos esse impasse em Mato Grosso”, garantiu a coordenadora.

Áreas indígenas

Um levantamento da Funai mostra ainda que, Mato Grosso, possuí 90 milhões de hectares, sendo que desse montante, 12 milhões de áreas indígenas regularizadas. “Esse quadro poderá aumentar para 14 milhões, após um novo levantamento que está sendo realizado pela Funai”, complementou Ariovaldo, da Funai.

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), acredita num acordo entre produtores rurais e índios, no entanto, alerta que a Funai está causando entraves na negociação.

“A Funai está fugindo e agindo de forma autoritária nesse assunto. Existem alternativas desde que a Funai sente para conversar, porque os índios já demonstraram interesse em fazer parceria com os produtores rurais e o diálogo será a melhor solução entre as partes interessadas”, apontou o diretor-secretário da Famato, Edson Andrade.

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