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Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso


Terça-feira, 18 de abril de 2006 08h54


DIANTE DAS POLêMICAS VIVIDAS POR PRODUTORES ARTíSTICOS, COMPOSITORES E PELO ESCRITóRIO CENTRAL DE ARRECADAçãO DE DIREITOS AUTORAIS – ECAD, O DEPUTADO ESTADUAL HUMBERTO BOSAIPO (PFL) REQUEREU E A ASSEMBLéIA LEGISLATIVA REALIZA HOJE(18), àS 14 HORAS, NO AUDITóRIO RENê BARBOUR...

Audiência Pública discute hoje atuação do Ecad

Articuladores do debate afirmam que forma de agir do Ecad tem promovido diminuição do emprego e do acesso da população aos bens culturais e vão defender novo órgão

MARIA NASCIMENTO / SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO



Diante das polêmicas vividas por produtores artísticos, compositores e pelo Escritório Central de Arrecadação de Direitos Autorais – ECAD, o deputado estadual Humberto Bosaipo (PFL) requereu e a Assembléia Legislativa realiza hoje(18), às 14 horas, no Auditório Renê Barbour, Audiência Pública com a finalidade de discutir as atribuições e o sistema de arrecadação e prestação de contas do Ecad. O descontentamento e os debates sobre o Ecad acontecem em todo o país, o que motivou o Congresso Nacional a criar uma comissão de investigação.

A meta do deputado é colocar frente a frente os envolvidos para a busca de solução para um impasse que tem influenciado negativamente na produção artística e cultural do estado.

Compositores e produtores de shows em Mato Grosso discordam da forma como o escritório tem exercido a função de arrecadar e repassar os direitos autorais e querem debater a possibilidade do surgimento de um órgão estatal para exercer essa função.

Waldir Bertúlio que é membro do Fórum Estadual de Cultura, disse que “denúncias que lhes chegaram e que serão feitas na audiência pública mostram que a forma de agir do Ecad tem promovido a diminuição de empregos no setor, o fechamento de micro e pequenas empresas, o desaparecimento de bandas e até a diminuição do acesso da população aos bens culturais”.

Segundo ele, falta transparência na forma de agir do Ecad. Outro fator importante é que autores e compositores não ligados às entidades associadas ao Ecad estão sem receber direitos, mesmo quando os promotores efetuam o pagamento ao arrecadador. “Falta o alinhamento desses dois lados, queremos recolhimento e recebimento mais de forma transparente e com critérios iguais para todos”, disse Bertúlio.

O Ecad é um órgão nacional com sede no Rio de Janeiro e 21 unidades próprias instaladas nas principais capitais brasileiras e 250 agentes autônomos credenciados, cobrindo 5 mil municípios. Apesar da organização material, as cobranças são diferenciadas. Para se ter uma idéia, um mesmo show nacional feito no Rio de Janeiro que pagou R$ 1.200 ao escritório do Ecad de lá, aqui em Mato Grosso, ficou em R$ 8 mil, segundo Bertúlio.

A audiência pública que será realizada amanhã é a segunda no Estado para debater o tema. Em novembro de 2005 a Comissão de Propriedade Intelectual e Direito Autoral da Ordem dos Advogados do Brasil/ secção Mato Grosso realizou uma discussão, mas até agora nada mudou. Segundo o coordenador desta comissão, Geraldo da Cunha Macedo, a falta de regulamentação acaba prejudicando o autor e a própria produção cultural.

Em Mato Grosso o Ecad cobra algo em torno de 10% sobre o evento, 5% a mais do que o ISS, por exemplo, que é de 5% “. É justamente a falta de transparência no que diz respeito aos critérios de cobrança pelo uso dos direitos autorais que deve permear os debates amanhã, na AL.

O direito autoral é reconhecido pela Lei federal 9.610/98 que regulamentou o tema e instituiu que as associações que congregam produtores artísticos possam criar um escritório de arrecadação.

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