Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso

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Quinta-feira, 7 de abril de 2005 11h44


Autoridades repudiam posição da Funai

Assembléia Legislativa vai encaminhar um relatório para a Comissão Externa da Câmara dos Deputados, em Brasília

ITIMARA FIGUEIREDO / SECRETARIA DE IMPRENSA



A deputada federal Teté Bezerra, o deputado Zeca D´Ávila e o presidente da audiência pública, deputado federal Geraldo Rezende (PPS/MS) fizeram duras críticas a postura da Fundação Nacional do Índio (Funai). Eles cobraram a presença da Funai nos debates e criticaram a prática de assistencialismo nas aldeias.

“A Funai peca por não aplicar ações que resultem na capacitação indígena”, disse o presidente da audiência, deputado federal Geraldo Rezende (PPS/MS).

Da mesma forma, o deputado Humberto Bosaipo (PFL), que acompanhou a comitiva em Campinápolis ontem (6), cobrou providências no combate a gravidez precoce que cresce significativamente nas aldeias.

Presidente do Legislativo, deputado Silval Barbosa (PMDB) disse que é preciso dar autonomia ao Estado para que a questão seja resolvida. "Se tivesse autonomia garanto que a realidade seria outra". Barbosa assegurou o encaminhamento de um relatório com as informações necessárias para a Comissão Externa da Câmara Federal.

Tratamento

A deputada federal Taís Barbosa (PMDB), que representa o médio norte de Mato Grosso – onde cerca de 50% da região é reserva indígena, disse que a visita ontem em Campinápolis serviu para constatar que os hospitais da região oferecem um tratamento dígno. No entanto, quando as crianças indígenas são hospitalizadas já estão com a saúde bastante agravada. Ela citou também problemas graves que a população enfrenta como a Aids e falta de água potável. “A Funasa garantiu que em seis meses o problema da falta de água potável será resolvido”.

A parlamentar disse também que os índios enfrentam problemas com a má conservação de estradas e alcoolismo. Segundo ela, os comerciantes da região apreendem os cartões bancários dos índios e senhas como garantia para receber o pagamento de mercadorias consumidas pelos índios, que em sua maioria é bebida alcoólica. Ela pediu informações sobre o número de indígenas no Estado.

A deputada Verinha Araújo (PT) ressaltou que os problemas indígenas se arrastam por muito tempo. "Os problemas não começaram no governo Lula", defendeu.

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