A bancada do PFL na Assembléia Legislativa se posicionou contrária à possibilidade de o partido antecipar de março para novembro a escolha dos candidatos a prefeitos que vão disputar as eleições de 2004 no Estado. Os pefelistas consideram prematura qualquer discussão neste sentido, por entenderem que se trata de vaidade de grupos que querem tumultuar os critérios adotados pela Executiva Regional do PFL, que vai escolher o candidato no ano que vem. Além de tirar a oportunidade de surgimento de um outro candidato com potencial de se eleger.

“Acho cedo demais para se comentar especulações. Isso não é bom para o PFL e nem mesmo para demais siglas que têm candidaturas oficializadas”, disse o deputado Zeca D´Ávila, que também tem sido sondado pelo diretório de Rondonópolis para disputar a eleição local. “Não sou candidato a nada. Embora defenda que os critérios de escolha sejam definidos no ano que vem”, afirmou Zeca.

O senador Jonas Pinheiro (PFL), que está afastado das discussões do partido, reafirma sua opinião de que a decisão de se realizar pesquisa de intenção de votos junto ao eleitorado para medir o potencial dos atuais pré-candidatos deve ser mantido para março de 2004. Por outro lado, o presidente regional da sigla, prefeito de Várzea Grande, Jaime Campos, tem transferido o assunto para os presidentes dos diretórios municipais.

O deputado Dilceu Dal´Bosco, que preside o diretório de Sinop, disse que o PFL firmou acordo com o PSDB para apoiar a reeleição do prefeito Nilson Leitão. Mas entende que as pesquisas para a escolha dos candidatos da agremiação têm que ser feitas a partir do ano que vem. “Acho que temos que fazer pesquisas no ano eleitoral. É uma forma de colocarmos nossas propostas já definidas para o eleitorado”, afirmou Dilceu.

O pré-candidato a prefeito de Cuiabá, deputado Joaquim Sucena, que divide opinião no partido com o pré-candidato o empresário Jorge Pires, também é da tese de que sejam mantidos os critérios de pesquisas para o ano eleitoral como foi aprovado pela maioria da agremiação. Para ele, haverá mais tempo para se elaborar os projetos de governo que o PFL vai sustentar na campanha de 2004. “Hoje está mais difícil manter os bois na frente da carroça”, resumiu Sucena.

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