Terça-feira, 11 de outubro de 2005 15h16
Boinas Azuis farão mostra sobre missões de paz
Visitantes poderão conhecer músicas originais de líder guerrilheiro, vestimentas utilizadas pelos soldados, fotografias e objetos que relembram as missões
MARIA NASCIMENTO / SECRETARIA DE IMPRENSA
Nas canções o revolucionário fala da guerra, dos conflitos políticos e da ocupação do seu país. Segundo o Tenente-Coronel Katibe a relíquia era ouvida por guerrilheiros e chegou às mãos do Exército através da população anônima e “é um documento histórico que agora poderá ser apreciado pela população”, disse.
Integram o grupo que está preparando a mostra em parceria com o Instituto Memória da AL, o Tenente-coronel Katibe, o Sub-tenente Euclides, o soldado Gilson Hugo de Azevedo, o Major Valide e a Major PM Zózima Dias dos Santos, primeira PM de Mato Grosso a exercer as funções de soldados em países em conflitos pelas missões de paz da Onu. “Enfrentei as ruas de maio a dezembro de 1994 em Moçambique, fui a primeira mato-grossense e talvez brasileira a enfrentar o trabalho de campo”, informou.
Zózima aguardar uma pesquisa que está sendo realizada para comprovar se foi ou não a primeira mulher brasileira a enfrentar as ruas em momentos de conflitos e por missão de paz da Onu. Ela e outros 36 Boinas Azuis que já participaram das mais diversas missões em vários locais do mundo, a exemplo da Faixa de Gaza, Timor Leste, Angola, Honduras, São Domingos, Moçambique e Iugoslávia, serão homenageados pela Assembléia Legislativa em Sessão Solene requerida pelo deputado Eliene Lima.
Entenda
Os boinas azuis são as forças de manutenção de paz das Nações Unidas. Eles ajudam a aplicar os acordos de paz, fiscalizam o cessar fogo, fazem patrulhamento das zonas desmilitarizadas, criam zonas de separação entre forças em conflito e procuram suspender as lutas, enquanto os negociadores buscam uma solução pacífica para as controvérsias.
Como a ONU não tem exército, os países membros é que oferecem equipes e tropas para cada missão de manutenção de paz, de forma voluntária. Além dos militares, essas operações contam também com agentes de polícia e observadores da situação dos direitos humanos, que só utilizam as armas estritamente necessárias para sua defesa pessoal. Em muitos dos casos, vão desarmados, tendo na imparcialidade, na persuasão e no uso mínimo da força a sua principal "arma".
Os soldados das forças de paz não juram obediência às Nações Unidas, mas aos governos de seus países. Vestem seus próprios uniformes, identificando-se como integrantes das missões apenas pelas boinas azuis, que é um tipo de distintivo da ONU. Cada nação tem autoridade sobre suas tropas, podendo retirá-las das regiões de conflito no momento em que desejarem.
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