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Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso


Sexta-feira, 31 de agosto de 2007 11h00


UM ENCONTRO DE POUCO MENOS DE TRêS HORAS, REALIZADO NA NOITE DESTA QUINTA FEIRA (30) NA CâMARA DE VEREADORES DE VáRZEA GRANDE, FOI SUFICIENTE PARA TRAZER à TONA UMA REALIDADE INCôMODA QUE VEM ATORMENTANDO – DIA APóS DIA – O FUTURO DE CADA UM DOS MAIS DE 250,5 MIL HABITANTES DO MUNICíPIO. DURANTE AUDIêNCIA PúBLICA SOLICITADA PELO DEPUTADO MAKSUêS LEITE (PP), RELATOS DE AUTORIDADES E LIDERANçAS ESTADUAIS E LOCAIS DEIXARAM EXPOSTOS PROBLEMAS – MUITOS CONSIDERADOS CRôNICOS – COMO A DECADêNCIA ECONôMICA E A REALIDADE CONCRETA DE QUE VáRZEA GRANDE Já ESTá VIVENDO A POSSIBILIDADE DE VIR A SE TRANSFORMAR EM UM BOLSãO DE MISéRIA, EM FUTURO PRóXIMO, SE A SITUAçãO ATUAL

Bolsão de miséria ronda futuro de Várzea Grande

Segundo Maksuês Leite, a falta de investimentos por parte do Estado, na Baixada Cuiabana, vai acarretar uma série de transtornos. Principal proposta é expor a situação ao governo

FERNANDO LEAL / SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO



Um encontro de pouco menos de três horas, realizado na noite desta quinta feira (30) na Câmara de Vereadores de Várzea Grande, foi suficiente para trazer à tona uma realidade incômoda que vem atormentando – dia após dia – o futuro de cada um dos mais de 250,5 mil habitantes do município.

Durante audiência pública solicitada pelo deputado Maksuês Leite (PP), relatos de autoridades e lideranças estaduais e locais deixaram expostos problemas – muitos considerados crônicos – como a decadência econômica e a realidade concreta de que Várzea Grande já está vivendo a possibilidade de vir a se transformar em um bolsão de miséria, em futuro próximo, se a situação atual não for revertida de imediato.

“Ao longo dos anos, a Baixada Cuiabana – Várzea Grande, Cuiabá e Região Metropolitana – está perdendo investimentos por parte do Governo do Estado. Isso vem afetando de forma contundente todas as áreas – em especial, o comércio da cidade. E cada loja, cada comércio que fecha suas portas em nosso município acarreta menos emprego, menos impostos e – com eles – uma série de transtornos e uma realidade de miséria”, afirmou Maksuês.

O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Júlio José de Campos, chamou a atenção para a queda do município no índice de arrecadação - de 3º lugar para o 4º lugar, e do seu Índice de Desenvolvimento Humano. “Cuiabá avançou muito e Rondonópolis se transformou em um grande pólo competidor, esvaziando nossa cidade. Temos que repensar Várzea Grande imediatamente. Temos problemas em todos os setores”, afirmou o também ex-prefeito local, ex-governador de Mato Grosso, ex-deputado federal e ex-senador Júlio Campos.

Júlio Campos pediu a formação de uma corrente suprapartidária para levar, ao governador Blairo Maggi, proposta de um programa mínimo de três anos para o desenvolvimento do município. Ele também sugeriu a criação de um pólo agroindustrial e turístico para Várzea Grande.

O presidente da Câmara local, vereador Edil Moreira, falou em “tentativa desesperada” de reversão de outros problemas igualmente crônicos e da criação de um novo Distrito Industrial (DI), e elogiou o encontro. “Esta audiência pública vai estimular a criatividade de todos nós na busca do desenvolvimento da nossa cidade. Estou torcendo para que saia daqui uma mobilização para reivindicar ao governo mais investimentos para Várzea Grande”.

O presidente da Acivag (Associação Comercial e Industrial de Várzea Grande), Fernando Chaparro, também propôs união de forças e a busca de soluções junto às autoridades. Ele apontou para cerca de 1,5 milhão de pessoas que circulam diariamente entre Cuiabá e Várzea Grande, para pedir a viabilização de mecanismos que favoreçam a permanência e o consumo – dos moradores da cidade vizinha – em sua própria região.

Mais enfático, o secretário de Governo da prefeitura local, Garcez Toledo Pizza, representou o prefeito Murilo Domingos citando dois estágios de desenvolvimento do município para falar em um “momento agonizante” vivido por Várzea Grande. E previu: “Se não tivermos ação política suprapartidária para a elaboração de um plano de ação conjunto, nossa Baixada Cuiabana enfrentará muitas e maiores dificuldades nos próximos seis a oito anos”.

Garcez disse que os representantes políticos do Estado precisam fazer o governo repensar a atual política de desenvolvimento de Mato Grosso e a saída de Várzea Grande do atual estágio econômico. Na ocasião, a prefeitura anunciou a negociação de uma área de cerca de 300 hectares – nas proximidades do Trevo do Lagarto – para a revitalização do DI local.

O deputado Walace Guimarães (DEM) pediu que todos acreditem no potencial do município. Uma ação que funcionaria, segundo ele, como mecanismo de fortalecimento e de transformação da região em um grande pólo comercial e industrial, gerador de emprego e renda.

Ao final do encontro, Maksuês Leite fez um alerta: “Se o Governo do Estado não investir na Baixada Cuiabana – no social, na segurança pública, na educação e no incentivo ao comércio, Várzea Grande vai se transformar em um bolsão de miséria”.

A audiência pública reuniu autoridades, população e representantes das classes comercial, empresarial e política – locais e do Estado. “Nesta audiência apontamos problemas e soluções. Agora, vamos elaborar um documento oficial que será encaminhado às autoridades competentes e demais diretamente envolvidos”, anunciou Maksuês, se mostrando satisfeito com o encontro.

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