Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso

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Quarta-feira, 8 de junho de 2005 17h10


“O PRESIDENTE DA REPúBLICA LUIZ INáCIO LULA DA SILVA RECEBEU HOJE (07) EM BRASíLIA REPRESENTANTES DA CONFEDERAçãO NACIONAL DA AGRICULTURA E DAS FEDERAçõES DE AGRICULTORES DE DIVERSOS ESTADOS PARA TRATAR DA CRISE DA AGRICULTURA, MAS INFELIZMENTE...

Bosaipo lamenta falta de política emergencial

Em Brasília lideranças são recebidos por Lula e, em Mato Grosso produtores buscam engajamento de mulheres para o movimento de defesa da agricultura

MARIA NASCIMENTO / SECRETARIA DE IMPRENSA



“O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva recebeu hoje (07) em Brasília representantes da Confederação Nacional da Agricultura e das Federações de Agricultores de diversos estados para tratar da crise da agricultura, mas infelizmente não aventou nenhum tipo de providência“. A informação, em tom de lamento pela falta de implementação de ações emergenciais para a recuperação da agricultura, partiu do deputado Humberto Bosaipo (PFL) que integra o grupo de políticos que está articulando em defesa dos produtores de Mato Grosso.

O deputado avalia que a discussão hoje pode ter sido prejudicada em função da crise política vivida na capital federal. “Vejo com preocupação que o governo não tenha aventado nenhuma medida, mas acredito seja porque o presidente tem muitas preocupações políticas neste momento, mas está mantida a data de 27 de junho para um movimento nacional de protesto e esperamos uma resposta do governo”, disse.

Os líderes da agropecuária entregaram um documento ao presidente no qual denunciam a crise que atinge o setor e solicitam do Governo medidas de apoio ao campo. Colocaram para Lula, por exemplo, que a renda da agricultura, mensurada pelo Produto Interno Bruto (PIB), caiu 1,7% em 2004 e, para 2005, a projeção é de queda de 6% em decorrência da perda de 18,2 milhões de toneladas da produção de grãos e da redução dos preços de comercialização de importantes produtos agropecuários.

E, solicitaram ao presidente da República a implantação de quatro medidas em caráter emergencial: 1) alocação de R$ 2,4 bilhões no orçamento das Operações Oficiais de Crédito (2OC) para suporte à comercialização agropecuária na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM); 2) prorrogação dos financiamentos bancários dos empréstimos de custeio, investimento e das parcelas vencidas e a vencer em 2005 do Programa Especial de Saneamento de Ativos (Pesa) e da securitização das dívidas rurais; 3) alocação de recursos em linha de crédito para refinanciar dívidas dos produtores junto a fornecedores de insumos e máquinas; e 4) suspensão das importações predatórias de produtos agrícolas, a exemplo do arroz, trigo e milho, no âmbito do Mercosul.

Participaram da reunião no Palácio do Planalto os presidentes das Federações de Agricultura de 13 Estados, nos quais houve protesto de produtores rurais em 31 de maio contra a crise da agricultura, entre eles, Homero Pereira de Mato Grosso.

Ações regionais Enquanto isso, em Mato Grosso, os produtores rurais mantêm um acampamento na praça de eventos do Parque de exposições de Primavera do Leste. De acordo com o presidente do sindicato rural local, José Nardes, mais de 100 maquinários estão estacionado, em prontidão para ir à Brasília para o protesto nacional.

Na noite de ontem (07) foi realizada uma palestra de motivação para os produtores, ministrada pelo vídeo-conferecista Jessé Bernardes. “Queremos levantar a auto-estima dos produtores para concretização dos objetivos”, disse Nardes.

. Na tarde de hoje (08), na praça de eventos (quartel general do movimento dos agricultores daquela região) está sendo realizado um chá da tarde com as produtoras e esposas de produtores, com o objetivo de engajar as mulheres na luta em defesa da agropecuária.

Juntas todas as ações visam chamar a atenção do governo federal para a necessidade de se adotar uma nova política para o setor. O movimento está sendo desencadeado há cerca de três meses. Como articuladora, a Assembléia Legislativa já fez três audiências públicas para discutir a crise e apontar soluções para a agricultura.

A primeira aconteceu no mês de março em Cuiabá e selou a parceria entre produtores, poder legislativo e até trabalhadores para buscar saídas. A segunda ocorreu em Rondonópolis dentro do calendário da Agrishow Cerrado. Em seguida, no dia 20 de maio aconteceu um movimento estadual de produtores em que a AL esteve presente. No último dia 02 uma terceira audiência publica, realizada em Primavera do Leste, contou com a participação das Comissões de Agricultura do Senado e Câmara Federal e culminou a aprovação da Carta de Primavera, um documento que traçou um perfil do momento atual e elencou as reivindicações do setor. A Carta que seria tratada por Carta de Mato Grosso, recebeu o nome de Carta de Primavera numa alusão ao município que sediou o evento que reuniu quatro mil pessoas, segundo a Polícia Militar.

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