Brasão

Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso


Quinta-feira, 20 de abril de 2006 16h48


UM DOS PRINCIPAIS RESPONSáVEIS PELA PRODUçãO AGRíCOLA DO PAíS, MATO GROSSO FICOU DE FORA DOS ESTUDOS FINAIS DE UM PROJETO DE AVALIAçãO E PLANEJAMENTO INTEGRADO DENOMINADO “SETOR SOJA NA INFLUêNCIA DA BR-163”. DEPOIS DE PARTICIPAR DE UMA VíDEO- CONFERêNCIA REALIZADA NO MINISTéRIO DO MEIO AMBIENTE, EM BRASíLIA, HOJE (20), O DEPUTADO HUMBERTO BOSAIPO (PFL), PROPôS UMA AUDIêNCIA PúBLICA, PREVISTA PARA JUNHO DESTE ANO, COM OBJETIVO DE AMPLIAR OS DEBATES EM TORNO DOS ESTUDOS COM OS PRODUTORES RURAIS DE MATO GROSSO, QUE RECLAMAM A FALTA DE SENSIBILIDADE DO GOVERNO FEDERAL NA AVALIAçãO DOS TRABALHOS...

Bosaipo quer discutir área de influência da soja

O parlamentar tomou a decisão com base na apresentação de uma vídeo-conferência sobre a soja como fator influente na BR-163

SID CARNEIRO / SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO



Um dos principais responsáveis pela produção agrícola do país, Mato Grosso ficou de fora dos estudos finais de um projeto de avaliação e planejamento integrado denominado “Setor Soja na Influência da BR-163”.

Depois de participar de uma vídeo- conferência realizada no Ministério do Meio Ambiente, em Brasília, hoje (20), o deputado Humberto Bosaipo (PFL)propôs uma audiência pública, prevista para junho deste ano, com objetivo de ampliar os debates em torno dos estudos com os produtores rurais de Mato Grosso, que reclamam a falta de sensibilidade do Governo federal na avaliação dos trabalhos iniciados a mais de dois anos.

“Mas os produtores de Mato Grosso não foram chamados para contribuir com o trabalho. Eles são partes fundamentais já que somos um dos maiores produtores de soja”, disse Bosaipo. O encontro virtual serviu para a apresentação dos resultados sobre a dinâmica do setor da soja na área de influência da BR-163, que tem sua origem no município de Tenente Portela, no Rio Grande do Sul e passa pelos estados de Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul. Depois, prossegue em Mato Grosso no entroncamento da BR-364 com destino a Santarém (PA), tendo sua finalização na localidade de Tirius, na fronteira com o Suriname.

“Apesar de sermos parte do processo, eles tratam as influências da rodovia somente com o estado do Pará”, analisou o representante da Federação Mato-grossense da Agricultura (FAMATO), Amado Oliveira Filho.

Para o coordenador do Núcleo do Pró-soja de Lucas do Rio Verde (MT), Néri Geller, os produtores rurais da região Norte e Médio do estado exigem suas participações nas discussões antes que seja elaborado o relatório final dos trabalhos.

Embora todos os mato-grossenses admitam que as margens da BR-163, não influenciem sobre os impactos ambientais e sociais devido a ocupação ao longo da rodovia, Mato Grosso tem ainda o que contribuir para os estudos. De acordo com o representante do Sindicato dos Produtores Rurais de Sinop, Rogério Rodrigues, a BR-163 a conclusão dos 56 quilômetros restantes da rodovia representam aumento do valor agregado em R$ 8,00 a saca de grãos a mais para os municípios, caso a produção fosse direcionada para o porto de Santarém (PA).

Mas como ocorre o inverso, Rogério disse que o valor chega até R$ 1, 4 bilhões por ano com o escoamento da produção para os portos do Sul do Brasil. No entanto, se fosse levada para o porto de Itaituba (PA) os gastos reduziriam para R$ 700 milhões. “Significa economia para os municípios da região Médio e Norte do Estado”, afirmou ele, ao exemplificar que Sorriso teria receita de R$ 150 milhões a mais.

Mais Informações:
Secretaria de Comunicação da AL
Fones: 3901 – 6310/6283


Secretaria de Comunicação Social

Telefone: (65) 3313-6283

E-mail: imprensa1al@gmail.com