O crescimento acelerado do município em conjunto com as reivindicações da população, levou o deputado Campos Neto (PFL) a apresentar a indicação que sugere a urgente necessidade em se construir uma unidade do Instituto Médico Legal (IML) em Várzea Grande.

A indicação deverá ser encaminhada ao Executivo, com cópia ao Secretário de Segurança Pública, Célio Wilson de Oliveira e ao secretário de Transportes e Obras, Luiz Antônio Pagot, para que sejam tomadas as devidas providências.

De acordo com a proposta, Várzea Grande comporta cerca de 250 mil habitantes, sete hospitais particulares e um Pronto Socorro e, no entanto, todos os exames de lesão corporal e necropsia são encaminhados para o IML de Cuiabá, “fato que causa grandes transtornos à população, uma vez que o IML Cuiabá não dispõe de infra-estrutura adequada para atender a demanda”, argumentou Campos Neto.

Para o parlamentar, a indicação se faz necessária porque vai oferecer melhor qualidade de vida aos habitantes, além disso, resguardar o preceito constitucional que prevê em seu artigo 196 que “a saúde é direito de todos e dever do Estado”. “Temos que fazer valer a Constituição”, pontuou.

Conforme o superintendente de perícias e identificação, Augusto Aurélio de Carvalho, a proposta é viável. “Já analisamos a indicação do deputado e entendemos que é de extrema importância”, afirmou Carvalho.

Contudo, o superintendente destaca que não há previsão orçamentária para a instalação da unidade no município ainda neste ano e nem para 2004. “Com a indicação acatada, vamos articular os recursos necessários para a construção do IML em Várzea Grande”, disse, ao acrescentar que a nova unidade vai desafogar o IML de Cuiabá apenas em números e não em qualidade. “Os exames especializados continuarão sendo realizados na Central”, afirmou.

Carvalho disse que o IML de Cuiabá realiza por ano, aproximadamente, 1.100 necropsias e mais de cinco mil exames de lesão corporal. E, que por isso, o Governo vai priorizar investimentos na sede Cuiabá. “Vamos reformular o IML porque o atual não está condizente com a realidade”, frisou, ao lamentar que os problemas enfrentados pela entidade atualmente são reflexos do mau planejamento. “O IML foi criado sem prévia de crescimento”, finalizou.

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