Praticamente isolado na oposição à administração Blairo Maggi (PPS), o deputado Carlos Carlão Nascimento (PSDB) voltou a cobrar explicações e transparência do governo em relação à auditoria externa realizada na Secretaria de Estado de Saúde.

Para obter essas informações o parlamentar apresentou um requerimento ao secretário de Saúde, Marcos Machado. O deputado quer saber qual empresa foi a responsável pela realização da auditoria na pasta de saúde. Carlão requer também cópia do relatório da auditoria.

Carlão quer ainda cópia do processo licitatório que deu suporte ao processo de contratação da empresa que realizou a auditoria e solicitou cópia do contrato pactuado entre a secretaria e a empresa. Outro ponto questionado por Carlão refere-se aos demonstrativos das transferências das receitas do Governo para a pasta de saúde, de janeiro a agosto deste ano.

O parlamentar voltou a criticar as condições da saúde pública estadual, que segundo ele, a mesma “só não está na UTI, porque o Estado não tem UTI’s”. “Lamentavelmente, hoje, para o cidadão ser atendido na Unidade de Terapia Intensiva é preciso entrar com ações judiciais. Isso é um absurdo”, disse.

O deputado questionou também o troca-troca de secretários na saúde. Carlão não concorda com o argumento usado pelo governo da existência de uma máfia instalada na pasta. “Não existe máfia alguma na saúde. Lá existem profissionais competentes e dedicados, por isso merecem respeito do governo. São profissionais que exercem cargos de confiança e, por isso, acredito que eles não estão atrapalhando o setor”, observou.

“A inoperância da saúde pública de Mato Grosso é daqueles que estão gerenciando os recursos destinados ao setor. O governador Blairo Maggi já disse que os recursos existem, mas o dinheiro para a pasta nunca é suficiente, por isso é preciso tornar público a auditoria feita na saúde”, destacou Carlão.

O tucano cobrou ações mais efetivas do governo em relação às campanhas de saúde realizadas pelo ex-governador Dante de Oliveira. Segundo Carlão, as doenças que foram controladas em todo o Estado, como a hanseníase, podem voltar.

Carlão também rebateu as críticas do governo em relação a nomes de 38 servidores da saúde que estão emperrando os trabalhos da pasta. ”Desses, apenas oito funcionários foram contratados no governo de Dante de Oliveira. Se criaram a máfia da saúde foi este ano. É possível que assessores de Blairo Maggi tenham contratados pessoas incompetentes para os cargos na pasta, porque a saúde de Mato Grosso passou a ser inoperante a partir de 2003”, observou Carlão, acrescentando que “Maggi não deve estar sabendo que as 30 pessoas demitidas foram contratadas em seu governo”.

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