Aliado da única chapa à prefeitura de Cuiabá, entre as três principais, que tem como vice uma mulher, a professora Jacy Proença (PSB), o deputado estadual Carlos Brito (sem partido) qualificou ontem como preconceituosas e machistas afirmações do secretário de Estado de Infra-Estrutura, Luiz Antônio Pagot, nas quais atribuiu à primeira-dama do Estado e secretária de Trabalho, Emprego e Cidadania, Terezinha Maggi, a característica de manipulável, imatura e ingênua politicamente.

Para Brito, discernimento político e capacidade de decisão não são questões de gênero. “Homens e mulheres fazem isso em igualdade de condições. É inadmissível alguém sugerir que mulheres são tuteláveis, sem condições de realizar avaliações e o impacto de suas posturas públicas. Isso é machismo”.

Sobre Terezinha, o deputado relembra que ela teve função preponderante do momento em que o marido, Blairo Maggi, foi convidado a ser candidato pelo PPS ao governo do Estado até a comemoração da vitória nas urnas.

“Ela é uma mulher de opiniões fortes e próprias, decidida. Pelo contrário do que sugeriu o secretário, dona Terezinha é sagaz, inteligente e detém extrema capacidade administrativa. Aprendi a respeitá-la e a admirá-la”, disse, ao se lembrar do período de 13 meses em que manteve estreita ligação com a primeira-dama por ser secretário chefe da Casa Civil.

O posicionamento de Brito é um repúdio às declarações tornadas públicas por Pagot, que protestou contra reunião de cortesia ocorrida na terça-feira, 27, entre a primeira-dama do Estado e a arquiteta Adriana Bussiki Santos, mulher do candidato a prefeito de Cuiabá pelo PSDB, Wilson Santos.

No encontro, Adriana apresentou projeto para aumento de oferta nas creches a crianças entre 0 a 3 anos, além de outros ações de interesse da população.

“Não entendo o que há de errado no fato da mulher de um pré-candidato visitar o governo para discutir propostas. Que esse comportamento seja copiado por todas as outras esposas e possíveis futuras primeiras-damas. É princípio da gestão Maggi governar para todos e, até onde sei, não existe guetos na administração estadual”, concluiu Brito.

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