Para a realização da próxima Cavalhada de Poconé, o deputado João Malheiros (PPS) pretende apresentar uma emenda com o objetivo de estruturar o local com arquibancadas de concreto e iluminação adequada em área fixa no município. “O evento cresceu muito nos últimos anos e merece um local mais apropriado com estrutura e acomodação para convidados e participantes.

Também pretendo apresentar um projeto que altere o horário da Cavalhada, de matutino e vespertino para o período noturno”, explicou Malheiros. De acordo com o parlamentar, atualmente a Cavalhada começa ás 8 horas da manhã e segue no período da tarde, mas esse horário está com seus dias contados, caso prevaleça as argumentações do deputado. “Realizar diuturnamente não têm o desgaste do animal e também do cavaleiro, aí quem ganha somos todos nós”, explicou o deputado.

Autor do projeto de lei que tomba como patrimônio cultural a Cavalhada de Poconé, mas que aguarda regulamentação, Malheiros acredita que não terá dificuldades na Assembléia para apresentar a emenda através de parceria ou então, individual. “É um investimento alto, mas que beneficiará não só apenas um município, mas também toda a região”, garantiu o deputado.

Em Mato Grosso, a festa acontece nos municípios de Poconé, Porto Esperidião e Cáceres, posterior à Festa do Divino Espírito Santo, em homenagem a São Benedito. Consiste de uma batalha simulada em que figuram cavalos e cavaleiros na tentativa de salvar uma rainha.

Os cavaleiros vestem-se de cetim nas cores vermelho - exército dos Mouros - e azul - exército dos Cristãos. Formam 12 pares tendo como armas lanças, espadas e pistolas, com as quais simulam combates, em montaria. Os cavalos também são amplamente ornamentados: patas pintadas, protegidos na fronte com metais polidos e envergando plumas na cabeça.

Na opinião de Malheiros, a Cavalhada de Poconé é uma das maiores riquezas culturais do Estado e preserva as bases conceituais de um povo. “Bases estas que só podem se fundar na cultura mato-grossense tradicional, posto que somente ela é adaptada ao ambiente”, analisou Malheiros. “É uma demonstração da forma do folclore mato-grossense, rica em cultos às tradições”, complementou o deputado. Mais informações:
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