Foto: Rose Domingues Reis / Gabinete do deputado Dr. Gimenez

Cerca de 350 alunos da Escola Estadual Marechal Rondon, em São José dos Quatro Marcos, participaram de uma programação de alerta e combate ao bullying desenvolvida pela equipe do deputado estadual Dr. Gimenez (PV). O objetivo é ampliar a ação para os demais municípios da região oeste de Mato Grosso a partir de agosto. 

Para Dr. Gimenez, que possui mais de 40 anos de experiência como médico da família e de crianças, é importante despertar na comunidade escolar um olhar mais atento ao problema, que pode levar a casos de depressão e até suicídio. Atualmente, o bullying afeta um a cada 10 estudantes da rede de ensino, conforme dados do Ministério da Educação. 

"Assim como os adultos, crianças e adolescentes estão sujeitos aos impactos das doenças mentais. E as consequências mais graves podem ser vistas no crescimento dos casos de suicídios desta faixa etária ao longo dos últimos anos, no Brasil. A prevenção é sempre o melhor caminho e deve começar na escola”, afirma o deputado.

O professor Renalto Junior, de São José dos Quatro Marcos, e um dos idealizadores do projeto, apresentou durante o evento realizado na quarta-feira (19), as palestras ‘provocações sem limites’ e suas consequências. “Fizemos um trabalho bastante didático mostrando aos alunos que piadas, boatos maldosos e exclusão proposital de colegas a festas e reuniões provocam alta carga de sofrimento e isso consiste na prática do bullying”.

 Ele explica que as atividades também incluem outras técnicas lúdicas, a partir de teatro e música com o Grupo Crativizando, outra iniciativa do gabinete do Dr. Gimenez no município. “Toda a programação busca incentivar a construção de cidadania nesses alunos, para que busquem ter atitudes respeitosas uns com os outros, tendo noções claras de quais são direitos e deveres em sociedade".

'Não, não é apenas uma piada'. Este foi o alerta levado pelo advogado Jean Dias aos estudantes da rede pública de Quatro Marcos. O objetivo era mostrar que, do ponto de vista jurídico, a troca de informações e a exposição de alguém têm consequências jurídicas que podem ser graves para quem cometeu esse ato e à família. “É importante que eles estejam cientes que podem ser punidos e que não é brincadeira, porque pode gerar danos físicos, psicológicos e materiais à vítima”.

A diretora da unidade escolar, Simone Guedes Peres Marim, ficou muito satisfeita com o impacto desse trabalho, feito por pessoas de fora da escola. “A gente percebeu, primeiramente, que eles pararam para ouvir as informações, questionaram, tiraram dúvidas, nem sempre nós conseguimos isso no cotidiano da escola, é um apoio importante no processo educativo”, enfatizou Silvana.

Números de ‘alerta’

O Brasil registrou um aumento de 10% nos casos de suicídio entre crianças e adolescentes entre os anos de 2003 e 2013, principalmente dos nove aos 19 anos. Ao longo das décadas de 1980 a 2012, o acumulado é ainda mais expressivo, chegando a 62,5% de suicídios nesta mesma faixa etária. Esses integram estudos Mapa da Violência, publicados em 2014 e 2015, com ajuda do Ministério da Saúde.

Além de alarmantes, os números indicam uma mudança na cultura do silenciamento sobre as doenças mentais e o suicídio: no registro das causas da morte pelos profissionais da saúde e na presença do tema nas conversas de família. Falar sobre depressão e suicídio, de forma adequada, contribui para que crianças e adolescentes.

Serviço: outras informações, agendamentos e dúvidas sobre o projeto: (65) 98475-9798/drgimenezmt@gmail.com.