Sexta-feira, 21 de outubro de 2005 11h09
O GRUPO DE CHORADO DE VILA BELA DA SANTíSSIMA TRINDADE VAI SE APRESENTAR PELA PRIMEIRA VEZ NO EXTERIOR, NA QUINZENA CULTURAL MATO-GROSSENSE - DE 21 DE OUTUBRO A 9 DE NOVEMBRO - EM WASHINGTON (EUA). A INICIATIVA é DO PRIMEIRO-SECRETáRIO DA ASSEMBLéIA LEGISLATIVA, DEPUTADO JOSé RIVA (PP), QUE CONVIDOU O GRUPO DE COSTUMES AFRO-BRASILEIRO COMPOSTO POR MULHERES PARA DIFUNDIR A CULTURA MATO-GROSSENSE NAQUELE PAíS...
Chorado de Vila Bela será apresentado nos EUA
UBIRATAN BRAGA / ASSESSORIA DE GABINETE
O Grupo de Chorado de Vila Bela teve garantida apresentação na Quinzena Cultural Mato-grossense - de 21 de outubro a 9 de novembro - em Washington – EUA, através de iniciativa do deputado José Riva, que o convidou para difundir a cultura na terras norte-americanas.
“Quando vi pela primeira vez esta dança, tive a sensação de como sofriam aquelas pessoas da época. Vislumbrei que a história pode ser revivida por estes atuais representantes. Então, esta cultura deve ser profundida para todos os povos”, argumenta Riva.
A dança é especificamente realizada por mulheres. Com uma garrafa de Kanjinjin - bebida afrodisíaca - na cabeça, elas realizam diversas perfomances, num jogo de conquista.
A razão pela qual a cidade de Vila Bela tem essas origens está no fato de que fora ali dados os primeiros passos em direção a exploração comercial no período da escravatura e por ser a capital. ‘Dança do Chorado’ é a tradução do sentimento das companheiras dos trabalhadores subservientes.
A Dança do Chorado é um rito cheio de sedução com uma profunda mágoa escondida. As escravas, ao verem seus entes queridos castigados por feitores, teriam usado a técnica para persuadir seus senhores e amenizar-lhes a pena. Sedução que, ainda hoje, é uma marca fundamental do Chorado, um pedido de perdão.
Existe uma série de crença sobre sua origem, que se sobrepõe uma as outras. Há quem diga que a dança se originou nas cozinhas, quando as mulheres estariam descansando da sua pesada labuta.
Suas danças só existem no lendário Vale do Guaporé e persistem nas suas festas e festanças. Suas roupagens, suas jóias, seus adereços envolvem as mulheres. Profusão de cores em busca da alegria de viver.
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