Após 30 anos da abertura da BR-163, trecho compreendido entre Cuiabá a Santarém a sua pavimentação continua uma novela. Em Mato Grosso a rodovia federal está praticamente intransitável. De acordo com o deputado Pedro Satélite (PPS), se não for tomada nenhuma providência por parte do governo, dentro de 15 dias a 163 estará praticamente intransitável.

A maior dificuldade, segundo Satélite, para a conclusão das obras na rodovia é as ações desenvolvidas por algumas Organizações Não Governamental na região, impedindo crescimento da região. ”As organizações internacionais estão interferindo na nossa soberania. Isso é inadmissível. O governo acaba engessado e com isso não consegue terminar a obra começada há mais de 30 anos na região”, observa.

O custo para a conclusão da obra, de acordo com Satélite, fica em torno de US$ 150 milhões. “Pelo beneficio financeiro e social que a pavimentação vai proporcionar a Mato Grosso e ao País, essa obra acaba saindo barata. Faltam apenas 50 quilômetros para pavimentá-la, trecho compreendido entre Guarantã do Norte até a divisa com o Pará”, destacou.

Um grande passo para a pavimentação da Br, de acordo com Satélite, foi à aprovação pelo Congresso Nacional do projeto da Parceria Público-Privada (PPP) e sancionado pelo presidente da República Luis Inácio Lula da Silva. “O entrave era a aprovação da PPP. Era mais difícil votá-la, porque dinheiro não é difícil arrumar”, disse.

A PPP institui normas gerais para licitação e contratação de parceria público-privada no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Satélite disse ainda se não fosse o governo estadual alguns trechos da 163 estariam praticamente intransitáveis. “Um desses trechos é de Sinop e Santa Helena, se não for tomada nenhuma providência as cidades ficarão isoladas por via terrestre. Nem caminhões e nem carro pequenos conseguirão transitar na região”.

Para o parlamentar, os produtores da região correm um sério risco de não ter condições de escoar a produção, devido as péssimas condições da BR. “A safra poderia ser escoada pelo Porto de Santarém, mas infelizmente isso não acontece. O frete até o Porto de Paranaguá e de Santos acaba encarecendo o produto. Com isso, a concorrência se torna desleal no mercado internacional”.

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