“Defendemos a permanência e cumprimento da Lei dos Profissionais de Educação Básica (Lopeb). Não queremos alterações já previstas. Em função do discurso do executivo entendemos que teremos de saldo um retrocesso na organização da carreira da educação. Tanto no congresso como no Ministério da Educação, como em Mato Grosso a hora é de pensar melhorias nas áreas de saúde e de recomposição salarial e não de mudanças numa lei que democratizou a educação neste país”, a afirmação em tom de desabafo partiu do presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Educação Pública, Sintep, Júlio César.

O representante da categoria se reúne amanhã, 16, com membros da a Comissão de Educação, Cultura, Desporto e Seguridade Social (CECDSS). A comissão presidida pelo deputado Humberto Bosaipo (sem partido), tem como membros os deputados Mauro Savi (PPS), Vera Araújo (PT), Eliene Lima (PSB), Sebastião Rezende (PTB), Carlos Brito (PPS), Carlão Nascimento (PSDB), Nataniel de Jesus (PMDB) e José Carlos Freitas (PFL).

Na reunião desta quarta-feira, segundo Júlio César o Sintep vai defender uma melhor assistência à saúde, Segundo ele, não há preocupação com cura mais com as chamadas doenças profissionais, Doenças Ortomoleculares do Trabalho (DORT) Lesões por Esforços Repetitivos (LER). O Sindicato proporá a constituição de uma equipe médica na área de medicina do trabalho para prevenção e cura desses males. “Os segmentos não estão habilitados a oferecer prevenção e recuperação dos atingidos, constituir comissão nas áreas de medicina do trabalho seria a solução”, diz.

Outro ponto a ser discutido será recomposição urgente das perdas inflacionárias de outubro a setembro de 2003, calculados em 77%. Ainda, recomposição gradual anual em outubro de 2004, outubro de 2005 e outubro de 2006 com a inflação dos últimos 12 meses.

Os servidores querem também as perdas acumuladas ao longo da história vinculado ao crescimento da arrecadação.

Sobre o grupo de trabalho criado em Mato Grosso para discutir uma política de educação, o representante do Sintep foi taxativo: No nosso entendimento o grupo tem séria distorção. Não há equilíbrio, quando em 20 componentes apenas dois são do Sintep. A relação é de um para 9 e não podemos aceitar. Outra coisa tem o fórum estadual de educação previsto na lei complementar 49/98 que estabelece composição paritária entre diversos segmentos para tratar das políticas educacionais e ao criar o grupo, o governo sonega a autonomia do fórum “, concluiu”.

Mais informações:
Secretaria de Imprensa da Assembléia Legislativa
Telefones: 6132597, 6132553 e 99820261

---