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Quarta-feira, 11 de setembro de 2019 19h30


ASSEMBLEIA LEGISLATIVA

Comissão retoma debate sobre saúde mental ao abordar políticas sobre drogas no estado em reunião ordinária

Parlamentares discutiram condições de trabalho dos médicos em Mato Grosso

INGRIDY PEIXOTO / Secretaria de Comunicação Social



Foto: ANGELO VARELA / ALMT

A Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social discutiu temas como saúde pública, política sobre drogas, instalação de leitos psiquiátricos em hospitais gerais e condições de trabalho dos médicos no estado durante reunião ordinária realizada na tarde desta quarta-feira (11).

A superintendente de Políticas sobre Drogas da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp/MT), Eunice Teodora dos Santos Crescêncio, defendeu a importância de não se focar unicamente no combate às substâncias ilícitas com apreensões e prisões. “Temos de fortalecer o sujeito, o foco agora é trabalhar o sujeito, dando a ele condições de retardar o uso ou não fazer uso problemático”, explicou.

Eunice Crescêncio também apresentou aos parlamentares três demandas que considera prioritárias. “A primeira é a implantação dos leitos [em saúde mental] nos hospitais gerais. A segunda é a prevenção. Trouxemos hoje uma proposta que irá atender todas as escolas do estado de 2019 a 2022 com um custo de 50 mil reais porque temos voluntários e nós não temos esse recurso. Estamos buscando fazer parceria para que emendas parlamentares possam contemplar isso. A terceira é qualificação dos profissionais da área de saúde e segurança que atuam na urgência e emergência”, solicitou a superintendente.

A necessidade de instalação de leitos para pacientes de saúde mental em hospitais gerais foi reforçada pela técnica da Secretaria Estadual de Saúde (SES) Maria Aparecida Milhomem. Ela explicou que hoje as pessoas em situação de crise em saúde mental ou necessitando de atendimento pelo uso de substâncias psicoativas (álcool e outras drogas) procuram os serviços de pronto atendimento e se precisam de internação são encaminhadas para o Hospital Adauto Botelho.

No entanto, esse não é o quadro ideal. “Tanto do lado do uso de álcool e drogas quanto dos transtornos é uma situação iminentemente clínica. A pessoa vai precisar de um raio-x, de um exame de sangue e não tem isso num hospital psiquiátrico. Por isso, precisa de leitos de saúde mental em hospital geral”, ilustrou Maria Aparecida Milhomem. Ela ainda apresentou um estudo com objetivo de tornar possível a criação de 100 leitos do tipo em nove hospitais espalhados pelo estado.  

Entre os ouvidos pela Comissão de Saúde também estava o diretor do Sindicado dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed/MT) Adeildo Martins de Lucena Filho. Ele falou que falta apoio para os médicos, principalmente os que trabalham no interior, que têm dificuldades para ter acesso a um especialista, exames e remédios. Ele ainda criticou a gestão de hospitais por organizações sociais e também a forma de contratação dos profissionais da saúde, cobrando a realização de concursos públicos.

O vice-presidente da comissão, deputado Lúdio Cabral (PT), atribuiu o adoecimento mental de profissionais de saúde à falta de condições adequadas de trabalho e falta de segurança nos contratos firmados atualmente. “As condições de atendimento à população são muito difíceis”, destacou o parlamentar.

Cabral ainda avaliou que as secretarias de Segurança e Saúde precisam trabalhar juntas para enfrentar o problema das drogas no estado e lembrou que é preciso estruturar uma rede atendimento em saúde mental para o estado avançar nessa área. No fim da reunião, os deputado ainda aprovaram quatro projetos de lei. 

 


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