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Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso


Terça-feira, 27 de fevereiro de 2007 10h48


A COMISSãO PERMANENTE DE SEGURANçAS PúBLICA E COMUNITáRIA DA ASSEMBLéIA LEGISLATIVA VAI SE REUNIR EM BRASíLIA, NOS PRóXIMOS DIAS, COM OS PARLAMENTARES DAS BANCADAS FEDERAIS DE MATO GROSSO E COM O MINISTRO DA JUSTIçA, MáRCIO THOMAZ BASTOS. O OBJETIVO é PEDIR CELERIDADE NA VOTAçãO DE TODOS OS PROJETOS DE LEI EM TRAMITAçãO NA CâMARA DOS DEPUTADOS, REFERENTES àS REFORMAS DOS CóDIGOS PENAL E PROCESSUAL PENAL, E à LEGISLAçãO QUE VENHA REPRIMIR DETERMINADOS TIPOS DE AçõES CRIMINOSAS...

Comissão vai ao Congresso discutir segurança

Rabello quer mobilizar bancadas federais para reunião com ministro da Justiça na busca de celeridade dos projetos que tratam do assunto

FERNANDO LEAL / SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO



A Comissão Permanente de Seguranças Pública e Comunitária da Assembléia Legislativa vai se reunir em Brasília, nos próximos dias, com os parlamentares das bancadas federais de Mato Grosso e com o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos.

O objetivo é pedir celeridade na votação de todos os projetos de lei em tramitação na Câmara dos Deputados, referentes às reformas dos Códigos Penal e Processual Penal, e à legislação que venha reprimir determinados tipos de ações criminosas.

“Existem pelo menos nove projetos de lei, no Congresso Nacional, com pedidos de urgência para mudar a legislação sobre segurança pública, Justiça e crimes hediondos. É importante que façamos gestões – com nossas bancadas de deputados federais e senadores – junto ao ministro, como forma de mostrar o empenho do Poder Legislativo mato-grossense e pedir celeridade nessas votações”, disse o presidente da comissão, deputado Walter Rabello (PMDB).

Os nove projetos citados por Rabello constam da pauta oficial de votações da Câmara. São eles:

1) Projeto de Lei 4.203/01: prevê novos critérios para organização do tribunal do júri, em especial, quanto à sua função, convocação e sorteio dos jurados.

2) Projeto de Lei 4.204/01: altera regras voltadas para o interrogatório e a defesa de acusados. A proposta defende a separação do ato interrogatório em duas partes: sobre a pessoa do acusado e sobre os fatos, garantindo às partes o direito de requerer um novo interrogatório, se necessário.

3) Projeto de Lei 4.205/01: define e proíbe a produção de provas por meio ilícitos, ou seja, por maus tratos, tortura, entre outros.

4) Projeto de Lei 4.206/01: modifica regras sobre recursos e ações de impugnação com o objetivo de simplificar o processo penal. Entre as alterações sugeridas está a extinção dos recursos de ofício, que costumam ser apresentados obrigatoriamente pelo juiz.

5) Projeto de Lei 4.207/01: altera os procedimentos que disciplinam a instrução probatória.

6) Projeto de Lei 4.208/01: estabelece critérios e aumenta o rol das medidas cautelares. No caso da prisão preventiva, o projeto extingue causas consideradas indeterminadas, como "a garantia da ordem pública".

7) Projeto de Lei 4.209: altera dispositivos relativos ao inquérito policial.

8) Projeto de lei 6.793/06: dispõe que os condenados por crime hediondo cumprirão a pena inicialmente em regime fechado, concedendo a mudança de regime mediante o cumprimento de um terço da pena – ou a metade, no caso de reincidência.

9) Projeto de lei 4.500/01, do Senado Federal: também prevê medidas mais rígidas para a progressão do regime prisional de condenados por crimes hediondos.

Rabelo adiantou, ainda, que a comissão quer acompanhar de perto os trabalhos de uma subcomissão prometida pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e instalada para discutir a proposta de descentralizar a legislação penal do país. A proposta foi apresentada pelo governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB).

O objetivo de Cabral é adotar, no Brasil, o modelo seguido pelos Estados Unidos – que permite aos Estados adotarem legislações específicas de combate ao crime de forma independente.

Renan disse que o Senado deve manter os debates sobre a redução da maioridade penal no país. O assunto está na pauta da Comissão de Constituição e Justiça do Senado. O senador Demóstenes Torres (PFL-GO) já emitiu parecer favorável à proposta de emenda constitucional (PEC) – que reduz dos 18 para os 16 anos a maioridade penal no país.

Renan lembrou que, no ano passado, o Senado aprovou projeto que prevê penas diferenciadas para usuários de drogas, sem descriminalizar o consumo.

Além de Rabello, a comissão da AL conta, ainda com Mauro Savi-PPS (vice-presidente), e os membros pepistas Maksuês Leite e Campos Neto, os pefelistas Gilmar Fabris e Dr. Wallace, Chico Galindo (PTB), Ademir Brunetto (PT), Percival Muniz (PPS) e Zé do Pátio (PMDB).

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