Os deputados ouviram hoje (19) explicações do coordenador estadual do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transporte (Dnit), Sinésio Nunes Oliveira, sobre as péssimas condições de trafegabilidade das rodovias federais em todo o Mato Grosso.

O representante do Dnit afirmou que mesmo com a saída do atual Ministro dos Transportes, Anderson Adauto, não vai atrapalhar os trabalhos que vem sendo realizado em todo o estado. “A diretoria que está no Dinit deve ser mantida. Os projetos vão ser dados continuidade. Com o novo ministro, a esperança é que os trabalhos melhorem”, destacou.

Sinésio Nunes disse que existem disponíveis R$ 30 milhões provenientes do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para recuperação da BR-364. Desse montante, o Dnit já tem disponibilizado R$ 20 milhões. Esses recursos estão sendo aplicados nos trechos compreendidos entre Rondonópolis e a Serra da Petrovina. “Os aplicados são provenientes de contratos firmados e que estão em andamento. Os R$ 10 milhões restantes serão usados em contratos novos”, disse.

O coordenador disse que o governo federal mantém ainda quatro convênios com o governo estadual e com as prefeituras de Campo Verde, Primavera do Leste, Barra do Garças, Nova Mutum e Diamantino num total de R$ 2,3 milhões. Outra cidade que poderá ser beneficiada é Guarantã do Norte.

Sinésio ressaltou que existem pontos considerados bastante críticos. Entre eles está os da BR-163. Segundo o coordenador, os pontos com maior problema de trafegabilidade de Jangada a Nobres e de Nova Mutum a Guarantã. “Em Guarantã a situação é mais critica porque não é pavimentada, mas em alguns pontos que existem asfalto o problema são os excessos de buracos. A rodovia não tem segurança alguma e os protestos realizados são justos”, observou.

Outra BR que se encontra em situações precárias para o trânsito, de acordo com Sinésio, é 070 que será recuperada logo após o período das chuvas. Na BR-174, Sinésio disse que não foi firmado nenhum tipo de contrato, por isso não há intervenção por parte do governo federal.

“Vamos buscar convênios com o governo estadual e as prefeituras. Na BR 158, o impeditivo para manter um trabalho de qualidade é os projetos ambientais. Nesse caso demanda mais recursos, com exceção de Barra do Garças e Diamantino que mantemos contratos”, destacou.

Segundo Humberto Bosaipo (sem partido), não há recursos para a BR-158 para 2004. O parlamentar afirmou ainda que a senadora Serys Slhessarenko (PT) colocou uma rubrica de apenas R$ 15 mil, mas apenas para abrir a rubrica.

“Isso não é suficiente para se achar uma solução plausível para a BR 158. Nós vivemos um drama com as chuvas. A BR virou leito de rio. Vila Rica está praticamente interditada. Lá gás de cozinha está chegando de barco. É preciso urgência para se tratar dessa rodovia. É preciso trata-la como BR federal, caso contrário vamos ter uma região com o sentimento de se criar um novo estado. A região continua sendo o Vale dos Esquecidos”, criticou Bosaipo.

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