Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso

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Terça-feira, 11 de outubro de 2005 15h30


O COMANDANTE GERAL DA PMMT, CORONEL LEOVALDO SALES, AFIRMOU ONTEM DURANTE DEBATE SOBRE O REFERENDO QUE O ESTADO BRASILEIRO NãO TEM POLíCIA SUFICIENTE PARA PRESTAR SEGURANçA AO CIDADãO E àS FRONTEIRAS. SEGUNDO ELE, NOS PAíSES ONDE A POPULAçãO FOI DESARMADA A CRIMINALIDADE CRESCEU, POR ISSO, ACHA QUE ESSA MEDIDA NãO TERá NENHUM EFEITO PRáTICOE é INOPORTUNA...

Coronel Sales admite insuficiência das Polícias

População deve votar no dia 23 de outubro dizendo SIM ou NÃO a proibição do comércio de armas no país

MARIA NASCIMENTO / SECRETARIA DE IMPRENSA



O Comandante Geral da Polícia Militar em Mato Grosso, Leovaldo Sales, afirmou ontem durante debate sobre o referendo que o estado brasileiro não tem polícia suficiente para prestar segurança ao cidadão e às fronteiras. De acordo com ele, historicamente nos países onde a população foi desarmada a criminalidade cresceu, por isso, disse, “sou evangélico mas acho que essa medida não terá nenhum efeito prático,e é inoportuna.”. O posicionamento do coronel foi apresentado durante debate ocorrido na noite de ontem (10) no Univag.

Sales citou o Rio Grande do Sul que proporcionalmente tem sete vezes mais armas que os demais estados brasileiros e, no entanto, produz um menor índice de crime. “Ora, hoje mesmo em dúvida sobre a presença da arma o bandido, o criminoso ainda entra na nossa casa. Diante de fatos como este o referendo é o maior fiasco que essa república já fez e o feito prático será o aumento da criminalidade, disse. Segundo ele, o estatuto do desarmamento regula com clareza a obtenção de armas e basta colocá-lo em prática”.

Da mesma opinião, o jurista Antonio Carlos Kersting Roque, considerou que “a proibição do comércio de armas é um ato abusivo e limita o cidadão”. Para ele, ao votar sim ou não o que a sociedade brasileira está definindo na realidade é o seu direito. Para ele, ao declarar ao criminoso que não dispõe de armas o cidadão de bem estaria abrindo um precedente muito perigoso. Da mesma opinião é o ex-comandante geral da PM em Mato Grosso e professor de direito no Univag, Dival Pinto, para ele, “o Sim referenda o direito de o governo brasileiro retirar um dos direitos adquirido pelos cidadãos através da democracia”.

Na contra-mão, o Major Wilson Batista que representou o coronel Orestes Oliveira no debate foi mais maleável. “Não vou dizer que sou contra ou a favor, apenas que é importante assegurar os direitos do cidadão a segurança e integridade”.

A discussão sobre o referendo que acontece no próximo dia 23 foi promovida pela Comissão de Segurança da Assembléia Legislativa, por solicitação do deputado Humberto Bosaipo (PFL) em parceria com o Curso de Educação Tecnológica do Centro Universitário de Várzea Grande, através do coordenador, professor Manuel Randolfo.

Sobre o debate o aluno do 9º semestre do Curso de Direito, Saulo Novais Teixeira disse que foi positivo e contribuiu para que os alunos possam votar mais acertadamente. “Para mim, por exemplo, fortaleceu a opção pelo não já que quero ter a liberdade de decidir se quero ou não portar uma arma em qualquer momento da minha vida”, concluiu.

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