Terça-feira, 25 de abril de 2006 15h52
O REGISTRO DE FOCOS DA FEBRE AFTOSA EM MATO GROSSO SUL (MS), EM NOVEMBRO DO ANO PASSADO, TEM CAUSADO ENORMES PREJUíZOS AO MUNICíPIO DE RONDOLâNDIA (DISTANTE 1.100 KM DE CUIABá). APóS A CONFIRMAçãO DE FOCOS DA DOENçA EM MS, TODO O GADO DE RONDOLâNDIA ESTá VETADO DE ENTRAR EM RONDôNIA, ESTADO ONDE O MUNICíPIO DE MATO GROSSO FAZIA O ABATE DO GADO...
Crise em Rondolândia será debatida em Plenário
Os deputados Eliene Lima e José Riva (PP) farão pronunciamento na sessão ordinária desta terça-feira
LUCIANA CURY / ASSESSORIA DE GABINETE
Com esse quadro, os produtores de Rondolândia não têm para lugar para fazer o abate e nem para quem vender. É o que afirmam o secretário de Agricultura, Orlando Nunes Maciel, e o presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural, Alony Christian Eller. Eles procuraram o auxílio do deputado estadual Eliene Lima (PP) para que juntos sensibilizem o Governo de Mato Grosso, de Rondônia e o Ministério da Agricultura sobre a calamidade púbica que o município enfrenta.
Rondolândia, de acordo com o secretário e o presidente do conselho, dos 300 mil cabeças de gado registradas dispõe hoje de 100 mil cabeças prontas para o abate. “A situação é crítica. Nosso gado está dentro das normas exigidas de qualidade, a área é boa, mas mesmo assim estamos vetados, não só por Rondônia, como também pelos frigoríficos do nosso próprio Estado”, explica Aloni Eller.
Eller esclarece que alguns frigoríficos do Estado não aceitam fazer o abate do gado do município devido a distancia de Rondolândia. “Muitos declaram que a cidade está muito distante, e que para eles é mais vantajoso adquirir rebanhos que estão mais próximos”, comenta o secretário de Agricultura. Orlando Nunes Maciel destaca ainda que outros frigoríficos alegam que não compram o gado devido o alto valor do rebanho e o frete. A distância do transporte do gado até o abatedouro acaba encarecendo o valor final do produto. “No final não temos a quem recorrer. Nosso gado está lá e não temos o que fazer com ele. O comércio está parado e os prejuízos acumulando”, declara o secretário.
Para resolver o problema, a saída seria criar o corredor de abate, ligando Mato Grosso e Rondônia, seguindo o exemplo que existente entre Mato Grosso e Pará. Uma outra saída apontada pelos representantes seria a abertura de estrada ligando Rondolândia passando por Aripuanã até Juína, onde está o frigorífico mais próximo. Porém a MT-313 não oferece as mínimas condições. “Não há meios de chegarmos ao Sul de Mato Grosso sem passar por Rondônia. Não ha estradas ligando a cidade ao Estado, a não ser passando por Vilhena. Tanto a população quando o gado para chegar em qualquer cidade ao sul , leste ou oeste de Mato Grosso tem que passar por Rondônia, pela BR-364. Esatmos atados, sem poder vender para o nosso Estado vizinho e sem poder vender para os frigoríficos daqui”, finaliza.
Para intermediar essa situação e chamar atenção dos órgãos competentes, o deputado Eliene Lima, juntamente com o parlamentar José Riva (PP) irá fazer um pronunciamento na sessão ordinária hoje (25), às 17 horas.
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