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Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso


Terça-feira, 2 de agosto de 2005 11h55


Deputada é entrevistada no “Ponto de Vista”

SÉRGIO FERNANDES / ASSESSORIA DE GABINETE



A deputada Vera Araújo, do PT, acredita que no decorrer desta semana o prefeito da Capital, Wilson Santos, anuncie a regulamentação da Lei da Fila de Banco, dando um prazo de 60 dias para que as agências bancárias se enquadrem nas exigências da nova legislação. A Lei 4.069/01, apresentada por Vera quando era vereadora em Cuiabá, determina que o cliente deva ser atendido nas agências num prazo máximo de 15 minutos.

A efetiva implantação da Lei da Fila de Banco foi um dos assuntos tratados pela deputada Vera no programa “Ponto de Vista”, exibido no domingo à noite pela TV Rondon (Rede TV). Durante uma hora e meia, a deputada foi entrevistada pelo apresentador do programa, Onofre Júnior, sobre temas diversos, tais como a situação do presidente do Lula e do PT, em função das acusações do deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ); relacionamento com o governador Blairo Maggi; assuntos educacionais; atuação parlamentar; eleições regionais e até a liberação de recursos para investimentos em Cuiabá.

Sobre a situação do PT, em função da crise gerada com as acusações do pagamento de um “mensalão” a deputados da base aliada, Vera destacou que o partido não tem nada a ver com aqueles integrantes que possam ter cometido erros. “Muitos lutaram para construir esse partido, com o sacrifício às vezes de seu patrimônio pessoal e da vida familiar e os que cometeram erros agora devem desculpas por ter prejudicado a imagem do PT”, disse Vera. De acordo com ela, os dirigentes que prejudicaram o partido agiram por conta própria, sem consultar a Executiva do PT, os parlamentares do partido ou o presidente Lula e podem até serem expulsos se comprovada sua culpa. “Agiram sem autorização”, destacou.

A deputada afirmou que o PT quer investigar todos os fatos até o fim, mas não só a situação atual, mas também nos últimos 10 anos. Para ela, as CPIs do Mensalão e dos Correios devem ir até o fim, sem tentativas de acordo. Diante destes fatos que estão sendo noticiados, ela defendeu uma repactuação das forças internas do PT, “para acabar com o centralismo” da corrente que atualmente dirige o partido, o chamado “Campo Majoritário”.

Sobre o presidente Lula, Vera afirmou que estão tentando tirar seu direito à reeleição, mas que, se for necessário, irá ás ruas defende-lo. Segundo a parlamentar, setores da oposição falam em impeachment, “mas sem base para isso”. Ela não acha que a oposição está “preservando” o presidente. “Se tiverem um fio contra Lula, vão tentar derruba-lo”, advertiu. Ainda sobre o presidente, Vera informou que este está pedindo a apuração dos fatos denunciados. Para ela, Lula ainda é uma esperança para a população e tem muito ainda a fazer na presidência. Ela citou diversos avanços proporcionados pela gestão do PT, como na eletrificação rural, através do programa “Luz para todos”, na educação, com a criação do Fundeb, na estabilidade econômica e na geração de empregos.

A deputada apontou algumas áreas que apresentam problemas, como na reforma agrária, mas disse que a situação foi provocada pela administração anterior, que teria levado pessoas da cidade para o campo, sem lhes dar a devida condição de produzir. “Não há como assentar novas famílias sem revolver o problema da falta de infra-estrutura das pessoas que já estão em assentamentos”, esclareceu. Vera não deixou de apontar erros do governo federal. Ela citou, por exemplo, a disputa por verbas federais. “Recentemente os sem-terra foram à Brasília pedir mais recursos para reforma agrária e conseguiram 700 milhões de reais; os grandes produtores rurais também foram à Capital Federal e conseguiram três bilhões de reais”, criticou.

Quanto ao relacionamento com o governador Blairo Maggi, Vera destacou que não faz oposição por oposição ao governador. “Tenho aprovado todos os projetos que o Executivo envia à Assembléia que são de interesse da população”, informou. Porém, em projetos em que não vê esse interesse, tem votado contra, como foi o caso do projeto que institui a possibilidade de instalação de pedágio nas rodovias estaduais. De acordo com ela, o governador deixa a desejar no seu relacionamento com os parlamentares. “Os projetos do Executivo já chegam prontos, e são aprovados sem discussão com os parlamentares; ele não valoriza o Parlamento”, afirmou.

Ela mostrou ainda que o governo investe muito em publicidade e obras, mas descuida de setores básicos, como a educação. “Os repasse bimestrais de recursos, dos quais as escolas dependem, estão atrasados e muitos diretores e membros do Conselho Escolar estão com crédito negativo por utilizar na escola com os próprios recursos”, lamentou. Outra queixa foi de que o Executivo não investiu nada de recursos próprios para o transporte escolar em Mato Grosso, apenas repassou recursos federais. “O governo faz e inaugura muitas obra com recursos federais, mas não cita isso”, criticou.

Vera destacou que a administração Maggi tem falhado muito em setores como a agricultura familiar. “Ele não investe nada nisso e já se chegou a devolver recursos do Pronaf porque não existiam projetos apresentados”, disse. Conforme a parlamentar, isso correu por que o governo desestruturou a Empaer. “De acordo com Vera, Maggi acompanhou os grandes produtores no protesto em Brasília chamada de “Tratoraço”, mas não acompanhou os sem-terra que reivindicavam mais recursos para a reforma agrária. “Ele não pode ser o governador de um setor só”, criticou.

Vera falou ainda sobre as eleições estaduais. De acordo com ela, o partido deve lançar uma candidatura própria. Ela é a vice-presidente da chapa ao Diretório Regional encabeçada pela senadora Serys Slhessarenko e que tem como slogan “Identidade Petista – Candidatura Própria”.

Os telespectadores que acompanharam o programa fizeram diversas perguntas à deputada. Uma delas foi quanto à presença de vigilantes armados nas escolas. Alguns telespectadores questionaram a posição contrária de Vera sobre o assunto. Ele disse que é favorável ao desarmamento para diminuir uma parcela da violência e que o policiamento armado deve ser feito pela Polícia Militar.

Foram feitos outros questionamentos sobre a educação. Algumas pessoas questionaram se as eleições para diretores de escola haviam sido prejudicadas pelas modificações que o governo Maggi fez na legislação do setor. Vera informou que houve essa tentativa, mas na negociação na Assembléia esse risco foi afastado.

Uma das perguntas abordou a construção de quadras cobertas em escolas municipais da Capital. Apenas duas haviam sido feitas de um total previsto de 16. Vera historiou o caso. A CEF liberou recursos para as obras e estes estão desde 2003 parados numa conta à disposição da Prefeitura. Pendências com a construção impediram a continuidade das obras durante toda a gestão Roberto França. Vera acredita que o prefeito Wilson Santos anuncie também esta semana uma solução para o problema.

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