O futuro da piscicultura em Mato Grosso está sendo debatido num seminário no Centro de Eventos do Pantanal, com a participação de estudantes, piscicultores e prefeituras. O evento é promovido pelo Sebrae em parceria com a Associação dos Aqüicultores de Mato Grosso (Aquamat) e o principal objetivo é definir a disciplina da piscicultura no Estado.

Tendo como um dos alvos diretos a geração de novos empregos e fonte de renda para os mato-grossenses, a piscicultura começa a ganhar novos rumos. Autor da Lei 8.464, que disciplina a atividade em Mato Grosso, o deputado Sérgio Ricardo (PPS) participou do seminário e lembrou vários aspectos que o Estado possui para investir neste ramo, pois é considerado um dos melhores lugares para a criação peixes, com temperatura ideal o ano todo, luminosidade, topografia, água em abundância e fácil alimentação, que é feita a base de grãos.

“A prática da piscicultura era normatizada pela Lei da Pesca, que não leva em conta as peculiaridades regionais do setor, por isso, a nova lei define e disciplina a atividade no Estado”, destacou o parlamentar, que também é presidente da Comissão de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Assembléia Legislativa.

Na verdade, com a crise do agronegócio, a lei vai facilitar o desenvolvimento do setor, pois os pequenos, médios e grandes produtores terão na piscicultura, uma alternativa de investimento.

Conforme o deputado, os bancos já estudam linhas de crédito para a instalação de pisciculturas aos interessados. Já grupos empresariais também começam a investir na construção de frigoríficos em Mato Grosso.

“Essas novas regras trarão como benefícios o aumento de investimentos no setor e também na produção de peixes”, disse Sérgio Ricardo, argumentando ainda que em 2005 a produção foi de apenas 13 mil toneladas, número considerado bem abaixo do potencial do Estado.

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