O deputado Carlos Carlão Nascimento (PSDB) e Humberto Bosaipo (sem partido) defenderam clareza sobre demissão do ex-diretor de Habilitação do Detran-MT, Luiz Alberto Vargas. Os dois parlamentares questionaram em plenário, na semana passada, a exoneração do ex-funcionário do Detran e ao mesmo tempo, reivindicaram procedimento investigatório sobre as circunstâncias da demissão de Luiz Alberto Vargas.

Carlão e Bosaipo comentaram matéria publicada na Imprensa, na qual, Luiz Vargas alega que uma suposta retaliação seria o real motivo do seu afastamento do cargo, após denunciar o suposto desvio de R$ 250 mil do setor de habilitação.

“Para nossa surpresa, o diretor veio a público dizer que o motivo de sua demissão foi porque fez uma sindicância interna e detectou falcatruas. Isso é grave para um governo”, disse Carlão.

Pela imprensa, Vargas disse que em março fez um relatório e denunciou ao presidente do Detran, Moisés Sacheti, que estava havendo irregularidades na compra de toners e cartuchos.

Ainda de acordo com ele, com a sua denúncia, a delegada Maria Alice Amorim ia pedir uma auditoria, mas o Detran se antecipou e realizou uma auditoria específica sobre as compras dos cartuchos e dos toners.

Outra questão que atingiu a direção do Detran-MT foi o fato de Moisés Sacheti ter recebido uma ordem de prisão pelo não cumprimento de uma determinação judicial de cancelar o registro de uma carteira de habilitação.O que a direção do órgão divulgou foi que a determinação não foi cumprida em razão da demora da ação do Denatran, que havia sido comunicado pela Diretoria de Trânsito.

Constrangido com a demissão, Luis Alberto Vargas declarou que não concorda com a forma como o ato aconteceu. E reafirmou que vinha sofrendo retaliações naquele órgão.

O deputado Humberto Bosaipo também reforçou a importância da investigação sobre a demissão do ex-diretor e os dois parlamentares, através de requerimento, indicaram a Casa a necessidade de marcar uma data para ouvir todos os envolvidos. “O governador não tem condições de saber tudo”, defendeu Bosaipo.

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