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Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso


Quinta-feira, 27 de abril de 2006 17h53


UM DOS REPRESENTANTES DA REGIãO NORTE DE MATO GROSSO, O DEPUTADO ESTADUAL DILCEU DAL BOSCO (PFL) UTILIZOU A TRIBUNA NA SESSãO VESPERTINA DE ONTEM (26) PARA RESPALDAR O MOVIMENTO DOS AGRICULTORES DAQUELA REGIãO E QUE, SEGUNDO ELE, “Já GANHOU A ADESãO EM OUTROS ESTADOS BRASILEIROS”...

Deputados discutem movimento dos agricultores

MARIA NASCIMENTO / SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO



Um dos representantes da região norte de Mato Grosso, o deputado estadual Dilceu Dal Bosco (PFL) utilizou a tribuna na sessão vespertina de ontem (26) para respaldar o movimento dos agricultores daquela região e que, segundo ele, “já ganhou a adesão em outros Estados brasileiros”. O discurso se transformou num amplo debate onde diversos parlamentares, através de apartes manifestaram suas opiniões e pediram a abertura de diálogo com intuito de por fim ao impasse.

De acordo com Dilceu o movimento começou tímido no município de Ipiranga do Norte com a divulgação da “Carta de Ipiranga” e avançou para os demais municípios vizinhos se transformando num verdadeiro “grito do Ipiranga”, com paralisações de Br`s e até fechamento de agências bancárias. Para o deputado, “o descaso do Governo Federal leva os manifestantes a continuarem o movimento mesmo com a decisão da justiça contrária à manifestação”.

O movimento, conforme explicou o parlamentar, está impedindo o tráfego de caminhões que transportam insumos e outros produtos para o atendimento do setor agrícola. Na tarde de ontem (quarta-feira) os motoristas que estavam sendo impedidos de trafegar na estrada que leva ao município de Nova Mutum engrossaram o movimento e paralisaram outros veículos de transporte (diversos não ligados à agricultura) deixando o clima tenso. As polícias Militar, Civil e Federal estiveram por todo o tempo no local e nenhum incidente grave foi registrado até que o trânsito foi restabelecido, segundo Dal Bosco.

O deputado chamou atenção daqueles que não acreditam na crise: “para os que insistem em não acreditar na crise informo que os produtores têm custo entre R$ 24 e R$ 25 por saca de soja e estão trabalhando com preço médio de R$ 14 a mesma saca e isso leva a cada vez mais o produtor está impedido, impossibilitado de produzir”, disse.

Ao ouvirem o discurso do colega, outros parlamentares manifestaram suas opiniões. Carlos Brito (PDT) lamentou que “muitos estão reclamando do Governo Federal e, se militantes do MST e produtores estão descontentes quem está contente?”, questionou. Vera Araújo (PT) cobrou do orador, Dilceu Dal Bosco mais coerência no trato do tema. Segundo ela, a posição do colega era inversa quando o MST bloqueava estradas. Para ela, é hora de pedir que os agricultores liberem definitivamente as estradas e iniciem um diálogo com o governo.

Já o deputado Mauro Savi (PPS), foi mais longe: “a senhora (Vera) fala de coerência e eu estranho a rapidez com que o Ministério Público, digo, Julier concedeu a liminar”, criticou. Para Savi “as pessoas que não querem ou não devem participar do movimento como ambulâncias e outros estão passando tranqüilamente e é preciso que haja coerência também por parte do governo federal em apresentar uma solução para a crise”. Segundo ele, atualmente é grande de demitidos na fila do seguro-desemprego nas agências da CEF e o número deve aumentar com o fim da safra do milho em trinta dias.

O deputado Ságuas Morais (PT) foi mais ponderado ao afirmar que “não adianta buscar culpados e sim buscar saídas”, o que segundo ele, está sendo feito pelo Governo Federal. O parlamentar defendeu uma política de diversificação de cultura em Mato Grosso (hoje se vivi a monocultura da sola) e citou como exemplo o estado de Minas Gerais que “quando dependia da política do café com leite vivia de crises e depois que aderiu a diversificação de culturas quase não é atingido por crise”.

Depois de ouvir os colegas, Dilceu Dal Bosco reafirmou seu posicionamento, chamou atenção para a necessidade de uma nova política tributária e, ainda de preços de combustíveis, especialmente o diesel, dois itens que segundo ele, onera os custos da agricultura.

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