Na corrida pelas eleições municipais de 2004, os deputados estaduais já começam a trabalhar em suas bases para eleger as lideranças que os apóiam ou mesmo em candidaturas próprias. Esse trabalho é feito no final de semana e leva os parlamentares a percorrerem várias cidades. Os deputados Mauro Savi e Wagner Ramos (PPS), por exemplo, vão passar as próximas semanas em visita ao Norte e o Médio Norte. Cada um deles tem por objetivo a eleição de vários prefeitos nessas regiões.

Mauro Savi, que se filiou recentemente ao PPS, ainda precisa garantir a adesão de seus antigos companheiros do PSB ao novo partido. Mas ele está confiante que sua base o acompanhará e tem como prioridade ajudar a eleger, pelo PPS, os prefeitos de Sorriso, Ipiranga do Norte, Vera, Boa Esperança e Nova Ubiratã. “Acredito que minha base vai me acompanhar, o que mostra o resultado do meu trabalho pelo PSB. Também vou trabalhar em outros municípios, pois percorri mais de 60 durante a minha campanha para deputado. Creio alcançar êxito na maioria deles”, previu.

Wagner Ramos, quinto suplente do PPS, que assumiu no mês passado uma cadeira na Assembléia Legislativa, quer eleger os candidatos do PPS nas cidades de Tangará da Serra, Campo Novo do Parecis, Sapezal, Nova Olímpia, Nortelândia, Arenápolis, Santo Afonso, Denise, Diamantino, Alto Paraguai e São José do Rio Claro.

Para Wagner Ramos, o quadro é favorável, com possibilidade de vitória na maioria dos municípios. Na maior parte deles, a tendência é a manutenção da coligação entre os partidos da base aliada do governador Blairo Maggi (PPS). O deputado admite haver uma facilidade por estar no partido do Governo. Mas ressalta que esta facilidade se deve ao bom desempenho de Maggi.

Capital

Apesar das reuniões políticas no interior, a realidade em Cuiabá é diferente. Eleger o prefeito da Capital é questão prioritária para vários partidos, mas a indefinição ainda é grande, principalmente pelo fato de ainda haver expectativa quanto às mudanças de sigla por parte de pré-candidatos, o que pode ocorrer até o dia 30 de setembro.

O PMDB, por exemplo, está meio na retaguarda, no aguardo de algumas definições, como do deputado estadual Sérgio Ricardo (PFL). O deputado federal Wilson Santos e Ricardo foram convidados a se filiar à sigla. O partido tinha dois nomes para a disputa na Capital: o deputado Nataniel de Jesus e o médio Alencar Farina. Este último se filiou ao PL e Nataniel já adiantou abrir mão em favor de um candidato que aglutinasse mais forças, como Sérgio Ricardo.

De acordo com Nataniel, o mais importante é que o PMDB tenha candidato próprio, independentemente de quem seja. “O PMDB é um partido grande, de renome, não pode ficar sem candidato em Cuiabá”, frisou. Em sua avaliação pessoal, Ricardo seria muito bem-vindo e com capacidade de obter maior unidade do que Wilson Santos, que encontra certa resistência em parte dos filiados.

Sérgio Ricardo já se reuniu com a direção do PFL para discutir critérios de escolha do candidato da sigla e, por enquanto, não admite a hipótese de sair da agremiação. Porém, conversa com outros partidos. “Estou desenvolvendo normalmente o meu trabalho de deputado, esperando que ele venha refletir positivamente no processo eleitoral. Converso diariamente com partidos e pessoas e tenho certeza que o PFL fará o próximo prefeito de Cuiabá se eu for o candidato”, concluiu.

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