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Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso


Quinta-feira, 24 de julho de 2003 10h41


A MOROSIDADE PARA A RECUPERAçãO DE TRECHOS DA BR-163 TEM CAUSADO INDIGNAçãO à BANCADA DE PARLAMENTARES DA REGIãO NORTE DE MATO GROSSO. OS DEPUTADOS SILVAL BARBOSA (PMDB) E PEDRO SATéLITE (PPS) ESTUDAM REALIZAçãO DE AUDIêNCIA PúBLICA PARA ALERTAR OS GOVERNOS FEDERAL E ESTADUAL SOBRE NECESSIDADE DE OBRAS TAPA-BURACOS NA RODOVIA ANTES DO PERíODO DE CHUVA...

Deputados pedem novo debate sobre rodovias

Deputados Silval Barbosa e Pedro Satélite articulam Audiência Pública com presença do ministro dos Transportes, o secretário Pagot, empresários e sociedade organizada

SECRETARIA DE IMPRENSA / ALMT



A morosidade para a recuperação de trechos da BR-163 tem causado indignação à bancada de parlamentares da região Norte de Mato Grosso. O primeiro-secretário da Assembléia Legislativa, deputado Silval Barbosa (PMDB), e o deputado Pedro Satélite (PPS) estudam a realização de uma Audiência Pública para alertar os Governos Federal e Estadual sobre a necessidade de obras tapa-buracos na rodovia antes do período de chuva que se aproxima.

Os deputados articulam a presença do ministro dos Transportes, Anderson Adauto, o secretário estadual de Transportes, Luiz Antônio Pagot, empresários do ramo e demais segmentos da sociedade.

Na avaliação de Pedro Satélite, o Governo Federal faz pouco caso das estradas de Mato Grosso, nas quais, o próprio ministro trafegou no início do ano para verificar a necessidade de investimentos. “Desde o início do ano, a proposta de recuperação das estradas foi só barulho”, disse Satélite, ao lembrar que em alguns trechos da rodovia houve obras de tapa-buracos à base de barro.

Silval Barbosa acredita que a audiência chame a atenção do Governo Federal e alerte o governador Blairo Maggi (PPS) para se empenhar cada vez mais nas reivindicações em Brasília ao ministro Anderson Adauto.

Silval citou, como exemplo, as investidas de Blairo Maggi para conseguir a pavimentação asfáltica da BR-163 na realização de um consórcio com empresários do Pará e de Mato Grosso que têm interesse na conclusão do asfalto da estrada a fim de facilitar o acesso de seus produtos para o porto de Santarém (PA).

Pela proposta, o Estado e os empresários assumem parte da dívida com a União para concluírem a obra da BR-163. “O governo também poderá se empenhar para acelerar as obras de tapa-buracos da rodovia que está intrafegável em vários trechos”, disse Silval.

Além da BR-163, Silval e Pedro Satélite vão incluir nas discussões a situação da BR-158, que liga Cuiabá à região do Araguaia, a BR-080, que interliga as regiões Norte e Araguaia de Sinop a São Felix do Araguaia e adjacências. “As dificuldades de transportes estão por todos os lados. E o governo tem que se mexer para amenizar essa situação precária no Estado de Mato Grosso”, avaliou Satélite.

Histórico

A luta pela conclusão da pavimentação da BR-163 tem sua origem na década de 1970, inda nos governos militares que observaram na abertura da estrada uma das estratégicas políticas para comercializar os produtos agrícolas brasileiros a preços menores para o mercado exterior. De acordo com informações do Comitê da Rota 163, a rodovia se inicia no Chuí, extremo Sul do Brasi, e se estende ao Oiapoque (PA), num percurso de aproximadamente 6 mil quilômetros.

Nos últimos oito anos da administração do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), a BR-163 voltou à pauta de reivindicações nacionais dentro do programa Avança Brasil. De 1994 ao final do governo Dante de Oliveira (PSDB) a obra recebeu verba para sua conclusão. No entanto, no segundo mandato do ex-governador, o possível desvio dos recursos apontado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) paralisou a obra e a impediu de receber recursos do Orçamento do Governo Federal.

Na avaliação dos deputados, a solução para a retomada das obras de pavimentação da BR-163, que liga Cuiabá a Santarém (PA), só tem duas alternativas: a quitação de débitos que o governo de Mato Grosso tem com a União, no valor de R$ 12 milhões, e a segunda hipótese, a privatização da rodovia por meio de consórcios particulares como está articulado pelos governos de Mato Grosso e Pará.

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