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Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso


Quinta-feira, 26 de junho de 2003 10h25


Deputados querem mais espaço para defesa

Lamentam que meros depoimentos sejam lançados nacionalmente como verdades absolutas, prejudicando de forma irreparável.

SECRETARIA DE IMPRENSA / ALMT



O deputado Ságuas Moraes (PT), usou a tribuna do Legislativo nesta sessão, para mostrar sua preocupação com as matérias publicadas, em diversos veículos de comunicação local e nacional, referente o possível envolvimento de parlamentares com o crime organizado e cheques da Assembléia Legislativa encontrados em factorings de propriedade de Arcanjo Ribeiro, preso no Uruguai.

O presidente da Assembléia Legislativa, deputado José Riva (sem partido) rebateu as colocações de Ságuas dizendo que seria antiético da parte dele, sair falando por aí, sendo que está sendo arrolado como testemunha. “Existe um foco centralizado na Assembléia cadê os demais envolvidos?, perguntou Riva.

Riva lembrou que irá falar no momento oportuno e que ninguém vai fugir de depor. “Faço um desafio para saber se os deputados José Riva e Humberto Bosaipo fizeram algum depósito em factorings? desafiou.

O parlamentar afirmou que abre a sua vida para investigações e que não tem nenhum centavo desse dinheiro. “Não me sinto constrangido porque eu (Riva) e o deputado Bosaipo não pegamos esse dinheiro. Nunca fiz nenhum depósito de dinheiro em factorings”, justificou, ao acrescentar que tem fé na Justiça e que, com a certeza, irá depor como testemunha no processo do crime organizado.

O deputado afirmou também que, sua vida é aberta e que pode falar, inclusive, ao celular sem nenhum problema. “Só me admira que o Ministério Público tenha esquecido tantos crimes bárbaros que aconteceram. Cadê o cabo Hércules? Será que é tão difícil prendê-lo? Não vou me esconder!”, adiantou, ao destacar que existem milhões de cheques de outros órgãos e pessoas jurídicas envolvidos. Mas, que o Ministério Público divulga somente os cheques da Assembléia.

“Com certeza irei à Justiça para falar. Não vou correr dos problemas e vou continuar transitando livremente porque não tenho o que temer e que é injusto pensar que a Assembléia Legislativa depositaria esse montante de cheques em factorings”, concluiu.

Para Riva 80% de empresários faziam transações com essas financeiras. E depositavam os cheques que recebiam da Assembléia.

Entretanto, esse problema já foi solucionado, assegura o primeiro secretário, deputado Silval Barbosa, (PMDB), lembrando que a Casa não trabalha mais com cheques. Ou seja, todos os pagamentos foram informatizados.

Silval lamentou que os nomes citados por Nilson Teixeira tenham sido lançados assim sem qualquer critério. “O nome é um patrimônio”, destacou o parlamentar, observando que os denunciados não têm o mesmo espaço para defesa.

Para ele, a partir do momento que pessoas foram mencionadas no caso deveriam ser chamadas a depor para verificar a veracidade das denúncias e não agir dessa forma, onde há pouco espaço para a defesa. “Não tenho o que temer e muito menos o que esconder. Desde que a telefonia celular chegou aqui a minha linha é a mesma”, assegurou o deputado.

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