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Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso


Quarta-feira, 18 de fevereiro de 2004 08h45


Deputados querem privatização de rodovias

Deputado Freitas solicitou pedido de Audiência Pública para dia 23 de março para discutir assunto. Dilceu pede privatização com duplicação da BR-163

JONAS DA SILVA / SECRETARIA DE IMPRENSA



Os deputados José Carlos Freitas (PFL) e Dilceu Dal´Bosco (PFL) defenderam ontem (17), à noite, a privatização das rodovias federais que cortam Mato Grosso, como a Br-163 e BR-364, como forma de contornar a situação intransitável das estradas.

Freitas solicitou, da tribuna do Poder Legislativo, requerimento para a Assembléia Legislativa debater o assunto, em Audiência Pública, no dia 23 de março. O deputado citou que o trecho que deve ser privatizado compreende de Rondonópolis a Sinop, que abrange as duas rodovias.

Ambos deputados desferiram críticas ao mal estado de conservação das rodovias, o que impede escoamento da produção, perdas materiais a caminhoneiros, acidentes com vítimas fatais e encarecimento de produtos aos consumidores.

“É uma falta de respeito aos usuários e população essas estradas precárias, nas piores condições do planeta. São buracos que não acabam mais. Paguemos pedágio, mas remos que ter segurança e evitar mortes”, disse um indignado Freitas, para quem, a atual situação é fruto da “incompetência do Governo Federal”.

Dilceu se alinhou ao seu colega do parlamento para aprofundar a discussão, antes da sessão, ao sugerir critério de duplicação .

“Eu defendo isso. Tem que privatizar com o comprometimento de quem ganhar duplicar do Posto Gil até Rondonópolis. Que se pague pedágio, mas teremos a garantia de viagem com segurança. Hoje está mais caro, com gastos com combustível, quebras e acidentes”, enumerou efeitos da estrada em atoleiros, devido falta de manutenção e período chuvoso.

Segundo o Comitê para Desenvolvimento e Conclusão da BR-163, a estimativa de faturamento com pedágio é de US$ 8,00 a tonelada para cargas acima de 10 toneladas, por um período de 15 anos.

Segundo o governador Blairo Maggi (PPS), nos últimos 15 dias, em janeiro, na região de Nova Mutum, a quantidade de água de chuva chegou a 1.090 milímetros.

“Não tem nada que resiste. Tem muitas lavouras em que o pessoal plantou em cima, sem colher”, avalia.

As chuvas constantes nos últimos 30 dias agravaram o quadro nas estradas, principalmente para a produção agrícola. Segundo sindicatos rurais de municípios como Lucas do Rio Verde e Nova Mutum, só no atraso da colheita, a estimativa é de perda de R$ 50 milhões.

Segundo Dilceu, o atual impacto nas estradas se deve à produção crescente nos últimos anos aos investimentos no setor de agronegócio em Mato Grosso, o que aumentou o movimento de veículos nas rodovias não-conservadas.

Em 2003, o governo estadual conservou 19,8 mil rodovias não-pavimentadas e asfaltou 509 Km, dos quais 180 Km em consórcios e parcerias com prefeituras.

Uma minuta para asfaltamento de cerca de 800 Km da BR-163, entre Mato Grosso e Pará, foi proposto ano passado por um consórcio privado liderado por esmagadoras e transportadoras de soja e o pólo industrial de Manaus. O trecho requer investimento que depende da aprovação da Parceria Público-Privada (PPP) e de autorização do Ministério dos Transportes.

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