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Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso


Sexta-feira, 3 de março de 2006 17h34


NO PRóXIMO DIA 22 DE MARçO, COMPLETAM-SE 50 ANOS DA MORTE DE UM DOS MAIORES íCONES MATO-GROSSENSES, DOM FRANCISCO DE AQUINO CORRêA. DIANTE DA SUA GRANDIOSA E IMPORTANTE HISTóRIA, O DEPUTADO ESTADUAL CARLOS BRITO (PDT) REQUEREU O ESTABELECIMENTO...

Dom Aquino Corrêa será homenageado na AL

Sessão vai registrar o cinqüentenário da morte do ex-governante do Estado

KATIÚSCIA MANTELI / ASSESSORIA DE GABINETE



No próximo dia 22 de março, completam-se 50 anos da morte de um dos maiores ícones mato-grossenses, Dom Francisco de Aquino Corrêa. Diante da sua grandiosa e importante história, o deputado estadual Carlos Brito (PDT) requereu o estabelecimento de um calendário de atividades em homenagem àquele que foi Arcebispo de Cuiabá, governante do nosso Estado e o único representante mato-grossense a compor o quadro da Academia Brasileira de Letras, até os dias atuais. Entre as atividades haverá uma sessão solene para registrar o cinqüentenário da sua morte.

De acordo com o parlamentar, Dom Aquino é responsável por inúmeras ações que fizeram e fazem parte da nossa cultura histórica e política. “Dom Aquino foi uma das pessoas mais importantes para a história de Mato Grosso. Foi autor do hino do nosso Estado, um dos fundadores da Academia Mato-grossense de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso, atualmente a mais antiga instituição cultural do Estado, ocupou a 34ª cadeira da Academia Brasileira de Letras, entre diversas outras atribuições. É digno de nossas homenagens”.

Carlos Brito enfatizou ainda a preocupação que tem de pessoas como Dom Aquino caírem no esquecimento. “Não digo daqueles que participaram da vida pública e religiosa de Dom Aquino, pois esses jamais o esquecerão. Me preocupo com os jovens, que, muitas vezes, não conhecem a verdadeira história que os cerca”.

Com o objetivo de registrar o cinqüentenário da morte de Dom Aquino e divulgar a sua história, Carlos Brito está trabalhando a edição de um selo em sua homenagem. Ele vai propor também um concurso de redação para estudantes das escolas de todo o Estado, a exibição de um documentário sobre a vida de dom Aquino pela TV Assembléia e a recuperação da ´Casa Dom Aquino´, um dos patrimônios históricos do Estado. “Essas iniciativas levarão os jovens a pesquisarem sobre a vida de Dom Aquino. É uma forma de lembrá-lo à sociedade”.

As ações propostas pelo deputado envolvem a Academia Mato-grossense de Letras, o Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso e o Governo do Estado. Em conversa com o chefe do Executivo, Blairo Maggi, Brito foi informado que terá todo o apoio na iniciativa. “Dom Aquino não se resume só a uma figura histórica. É um referencial de sabedoria e conduta pública e, por isso, Mato Grosso deve celebrar esta data”, salientou o governador.

Paralelas às atividades que devem ser desenvolvidas pelo poder público, em honraria ao político que foi Dom Aquino, a Arquidiocese de Cuiabá vai desenvolver ações que resgatarão a importância do homenageado para os fiéis católicos.

Atualmente, é possível encontrar lembranças de Dom Aquino em vários lugares, como nomes de escola, de município, de ruas, de prédios públicos, etc.

Biografia

Dom Francisco de Aquino Corrêa, sacerdote, arcebispo de Cuiabá, poeta e orador sacro nasceu em Cuiabá em 2 de abril de 1885 e faleceu em São Paulo em 22 de março de 1956. Aos 29 anos de idade, depois de uma estadia em Roma, onde se doutorou em Teologia, foi designado titular do Bispado de Prusíade e Auxiliar do Arcebispo da Diocese de Cuiabá, sendo o mais moço entre todos os bispos do mundo. Em 1919, o papa Bento XV conferiu-lhe os títulos de Assistente do Sólio Pontifício e Conde Palatino. Em 1921 foi elevado ao Arcebispado de Cuiabá.

Indicado pelo governo de Venceslau Brás, como elemento conciliador, Dom Aquino fora eleito, aos 32 anos de idade, governador do Estado de Mato Grosso. Ali se manteve a consciência democrática, a capacidade construtiva e o profundo sentimento patriótico. Amparou a cultura regional, tomando a iniciativa de fundar a Academia Mato-grossense de Letras onde, posteriormente, seria aclamado por unanimidade Presidente de Honra. Criou também o Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso, do qual foi eleito Presidente Perpétuo.

Autor de inúmeras e notáveis cartas pastorais, de discursos, trabalhos históricos e poesias, D. Aquino Corrêa publicou “Odes”, o seu primeiro livro de versos, em 1917, seguido de “Terra Natal”, onde reuniu poemas de exaltação a Mato Grosso e ao Brasil, cheios de suave lirismo e fascínio pelo seu torrão. Foi poeta em quatro línguas: a nossa, o latino, o italiano e o francês. Mais tarde deu a público alguns trabalhos em prosa.

Um dos seus poemas, “Canção Mato-grossense" foi oficializado através do Decreto n° 208, de 05 de setembro de 1983, o Hino de Mato Grosso, musicado pelo maestro e tenente da Polícia Militar Emílio Heine. A "Canção Mato-grossense" foi cantada em público pela primeira vez durante a cerimônia principal das comemorações do bicentenário de fundação de Cuiabá, em 8 de abril de 1919. Momento também em que foi solenemente instalado o Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso no Palácio da Instrução.

Outro poema “Véu de Noiva” inspirado pela incrível beleza cênica de Chapada do Guimarães originou o nome da famosa cachoeira, que atualmente atrai milhares de turistas.

O seu domínio na tribuna pública era absoluto. Era admirado não só como orador sacro, mas também como grande realizador de atividades culturais. Destacam-se a conferência magnífica sobre o “Centenário do Bispado de Cuiabá”, proferida no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro; a “Mensagem aos homens de letras”, proferida na Academia Brasileira de Letras; “A verdade da Eucaristia”, oração inaugural do 5° Congresso Eucarístico de Porto Alegre, em 28 de outubro de 1948.

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