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Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso


Segunda-feira, 17 de outubro de 2005 11h37


A UNIãO EUROPéIA CONFIRMOU NA SEMANA PASSADA O EMBARGO à IMPORTAçãO DE CARNES DESOSSADAS E MATURADAS PRODUZIDAS NO MATO GROSSO DO SUL, ONDE FOI DETECTADO O FOCO DE AFTOSA, E NOS ESTADOS DE SãO PAULO E PARANá. Já A RúSSIA MANIFESTOU A INTENçãO DE PROIBIR SOMENTE AS IMPORTAçõES DE CARNES PRODUZIDAS NO MATO GROSSO DO SUL...

Embargo vai atingir MT, prevê Zeca D’Ávila

Deputado acredita que pecuarístas de Mato Grosso sofrerá prejuízos nos próximos meses com a carne bovina

JOSÉ LUIS LARANJA / SECRETARIA DE IMPRENSA



A União Européia confirmou na semana passada o embargo à importação de carnes desossadas e maturadas produzidas no Mato Grosso do Sul, onde foi detectado o foco de aftosa, e nos Estados de São Paulo e Paraná. Já a Rússia manifestou a intenção de proibir somente as importações de carnes produzidas no Mato Grosso do Sul.

Para o vice-presidente da Assembléia Legislativa, deputado Zeca D’Ávila (PFL), o momento é aguardar a definição dos países europeus quanto a carne mato-grossense. “Até agora Mato Grosso não foi afetado, mas certamente esse embargo vai nos atingir diretamente. Estamos na expectativa de que não vamos sofrer sanções”, explicou Zeca.

De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o Brasil é o maior exportador de carnes do mundo. As exportações brasileiras nos últimos 12 meses somaram 2,1 milhões de toneladas, o que representa 30% do mercado mundial.

A UE responde por 40% do mercado das exportações de carne do Brasil, enquanto a Rússia consome 18% das exportações de carne brasileiras. O embargo atinge, segundo a Comissão Européia (o braço executivo da UE), 60% dos estabelecimentos exportadores e entre 55% e 60% do total das carnes exportadas hoje pelo Brasil para o bloco. “Esse embargo chegou numa hora imprópria e os governos Estadual e Federal, têm suas responsabilidades com o problema, porque é um assunto de fronteira. Temos sim, que aguardar esse período, e caso, seja imposta a sanção, devemos cumprí-la”, lembrou o vice-presidente.

A mesma opinião têm o líder do governo na Assembléia, deputado Mauro Savi (PPS), que vai mais além nas suas ponderações, afirmando que "as exportações brasileiras de carne vão se normalizar o mais rápido possível". Para Savi, o que aconteceu em Eldorado (MS), foi um fato isolado do restante do rebanho brasileiro. “É claro que arranha a imagem brasileira lá fora, mas a princípio, Mato Grosso ainda não sofreu impacto com o que ocorreu em Eldorado”, afirmou Savi.

“A minha idéia é que aquela área (município de Eldorado) fique isolada e sob controle, isto é, animais e carne produzidos na região não podem ser comercializados até que haja um controle eficaz e erradicação do foco”, garantiu Savi. Outro ponto lembrado por Zeca é quanto a certificação de que o Brasil está livre da aftosa, para que os embargos possam ser suspensos, pode levar vários meses. “Isso leva um tempo para os padrões de medida de controle da aftosa como quarentenas e vacinações”, destacou o parlamentar.

Baseado em informações do Ministério da Agricultura, a doença afetou 140 animais da propriedade de Eldorado (MS), e imediatamente foram adotados os procedimentos sanitários de emergência. As autoridades brasileiras ordenaram o sacrifício de todo o rebanho, de 582 cabeças de gado da fazenda Vezozzo, e fizeram as inspeções em outras propriedades em um raio de 25 quilômetros do local afetado.

Em 2004, o Brasil vendeu para o exterior 1,9 milhão de tonelada do produto, garantindo um total de 2,5 bilhões de dólares de ingressos ao país. Entre os 31 países que suspenderam as importações estão os maiores clientes do Brasil no comércio de carne, como Rússia e União Européia. De janeiro a setembro, os russos compraram US$ 406 milhões de carne bovina in natura.

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