Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso

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Segunda-feira, 18 de agosto de 2003 14h26


COM A PONTA DE UMA CORDA AMARRADA EM FORMA DE FORCA SOBRE A MESA E EXPRESSõES DE EFEITO COMO “RECESSãO TéCNICA”, “CORDA NO PESCOçO”, “SUFOCO”, “ARROCHO”, “VORACIDADE DE TRIBUTAR (DO GOVERNO FEDERAL)”, E UM ALERTA SOBRE CONCORRêNCIA DESIGUAL ENTRE ESTADOS, REPRESENTANTES DO FóRUM DO SETOR PRODUTIVO MATO-GROSSENSE REFORçARAM HOJE (18) A MOBILIZAçãO CONTRA OS TERMOS ATUAIS DA REFORMA TRIBUTáRIA...

Empresários usam a forca como símbolo do "arrocho"

Ela será um dos principais motivadores do movimento “Acorda Brasil para a Reforma Tributária”, nesta quarta-feira (20), que pretende paralisar o Estado

FERNANDO LEAL / SECRETARIA DE IMPRENSA



Com a ponta de uma corda amarrada em forma de forca sobre a mesa e expressões de efeito como “recessão técnica”, “corda no pescoço”, “sufoco”, “arrocho”, “voracidade de tributar (do Governo Federal)”, e um alerta sobre concorrência desigual entre Estados, representantes do Fórum do Setor Produtivo mato-grossense reforçaram na manhã de hoje (18) a mobilização contra os termos atuais da Reforma Tributária.

Uma diferença de 11% a mais do limite considerado suportável para pagamento - dentro da carga tributária - está sendo o principal pivô para o movimento “Acorda Brasil para a Reforma Tributária”, que o setor produtivo de Mato Grosso articula para ser deflagrado depois de amanhã (quarta-feira, 20).

Os coordenadores da mobilização, que conta com o apoio político da Assembléia Legislativa, trabalham para conseguir ampliar a adesão de empresas comerciais, industriais e de serviços - na paralisação de suas atividades - e levar para as ruas os funcionários desses setores.

“O objetivo desse movimento é dizer que todos nós estamos com a corda no pescoço e que o Governo Federal também tem que ter limites em sua voracidade de tributar. Ele não pode continuar cobrando mal, arrecadando mal, asfixiando a economia e prejudicando a produtividade e a geração de empregos”, afirmou o principal articulador do movimento, Mauro Mendes Ferreira, um dos diretores da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt) e empresário do setor metalúrgico.

Mauro explicou que o excesso da carga tributária inviabiliza a geração de empregos e limita o poder de consumo da sociedade, asfixiando o mercado. Esse excesso é o que ultrapassa o limite de 25% do Produto Interno Bruto (PIB) - considerado máximo - pelo setor produtivo. Atualmente, o Governo Federal arrecada índice superior a 36%.

Presente ao encontro desta manhã com a Imprensa, o presidente em exercício da Fiemt, Nereu Pasini, reforçou o convite do movimento e do fórum às empresas para fecharem suas portas e à sociedade para ir às ruas. “Se continuarem os altos impostos, as empresas não conseguirão continuar gerando empregos e ainda pagar esse excesso (de tributos)”, salientou em tom de preocupação.

Assembléia em sintonia

Para o presidente da Assembléia Legislativa, deputado José Riva (PTB), essa mobilização é uma forma extrema, mas justa e democrática, que a sociedade mato-grossense tem de dizer um basta aos excessos que podem vir a ser cometidos com os rumos da Reforma Tributária. “E todos os parlamentares devem estar engajados nessa proposta e levar as reivindicações ao Congresso Nacional”.

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Cuiabá, Roberto Carvalho de Almeida, sugeriu a união de todos para pedir limites de gastos da União, como forma de evitar prejuízos da própria sociedade.

“Queremos esse dinheiro de volta para a produção e mantermos a possibilidade de desenvolvimento. Todos nós estamos com a ‘corda no pescoço’. Também queremos crescer, continuar produzindo e gerando empregos. Para onde está indo esse dinheiro (dos impostos)?”, questionou Roberto Lebrinha.

O ato público tem início previsto para as 14 horas, no centro de Cuiabá, com uma concentração na esquina das Avenidas Mato Grosso com a Tenente-Coronel Duarte (Prainha) e passeata até a Praça da República. A intenção dos coordenadores é que, durante esse período, comércio, indústria e prestadoras de serviços paralisem suas atividades.

O movimento também conta com participação ativa da sociedade civil organizada, como clubes de serviços, movimentos populares, associações de bairros e Organizações Não-Governamentais (Ong’s).

No encontro desta manhã, com a Imprensa, o Fórum do Setor Produtivo estava representado pelo Fórum de Empresários de Mato Grosso (Foremat), Federação do Comércio (Fecomércio), CDL, Federação das CDL’s (FCDL), Fiemt, Federação da Agricultura e Pecuária (Famato) e Federação das Associações Comerciais, Industriais e Agropecuárias (Facmat), Federação dos Trabalhadores na Indústria e Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico.

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