Segunda-feira, 30 de junho de 2003 13h03
Encontro discute prestação de contas do Fundef
Verinha representa a Assembléia Legislativa no evento
SERGIO FERNANDES / ASSESSORIA DE IMPRENSA DO GABINETE
Não são poucos os dirigentes que recebem pareceres negativos dos Tribunais de Contas devido à má aplicação de recursos do fundo. Por outro lado, o Fundef está possibilitando a municipalização do ensino fundamental, além de garantir recursos para a remuneração e aperfeiçoamento do Magistério. Em 98, em São, por exemplo, o Estado representava 80% da vagas existentes para o ensino fundamental e os municípios e a iniciativa privada, o restante. Hoje, passados cinco anos, o Estado e as Prefeituras dividem igualmente estas vagas.
Estas são algumas das informações discutidas na manhã desta segunda-feira (30) no Tribunal de Contas do Estado (TCE), no I encontro sobre Educação e Fundef - Por um controle social mais eficaz. O evento tem o objetivo de orientar gestores municipais e conselheiros do Fundef sobre a correta prestação de contas dos recursos do fundo.
O evento é uma realização do TCE, em parceria com a Assembléia Legislativa, através da Comissão de Educação, Cultura, Desporto e Seguridade Social, Secretaria Estadual de Educação, Associação Mato-grossense dos Municípios, Conselho Estadual de Educação, União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação e Associação de Primeiras Damas dos Municípios de Mato Grosso.
A deputada Verinha Araújo, do PT, que é presidente da Comissão de Educação da Assembléia, participa do encontro. Para o evento está presente em Cuiabá o presidente nacional do Fundef, Francisco Chagas Fernandes. Na abertura, participaram também a deputada federal Celcita Pinheiro, do PFL, os conselheiros do TCE, Valter Albano, Antônio Joaquim e Júlio Campos, além da presidente do Conselho Estadual de Educação, Alaíde Mendieta. Prefeitos, secretários municipais e vereadores também estão presentes.
Verinha destacou a importância do evento para a capacitação dos conselheiros do Fundef e alertou aos presentes que tem recebido, em seu gabinete, denúncias de ameaças contra conselheiros, pela divulgação de irregularidades que teriam sido cometidas por algumas Prefeituras.
O presidente nacional do Fundef fez uma explanação sobre a situação do fundo. Ele é um ex-dirigente do Sintep do Rio Grande do Norte e da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação. De acordo com Francisco Chagas, o fundo começou, em 98, com um orçamento de 13 bilhões de reais e deve chegar, este ano, a 24 bilhões. O Fundef é composto por 15%¨da arrecadação de quatro impostos: ICMS, Fundo de Participação dos Estados (FPE), Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para exportação. Destes, o ICMS entra com 67%, o FPE com 14% e o FPM com 13%. O IPI e a desoneração das exportações representam 2% cada um e a União entra com os 2% restantes.
Os recursos da União bancam a complementação dos Estados que não atingem a cota necessária. Atualmente, quatro Estados têm as verbas complementadas. O Fundef custeia, no momento, o ensino fundamental. A intenção é estende-lo para a alfabetização e educação de jovens e adultos. A faixa do ensino fundamental, que vai até os oito anos, deve ser ampliada para nove. “Queremos universalizar também o atendimentos às crianças de quatro e cinco anos”, informa Chagas.
No período da tarde, os conselheiros do Fundef, de municípios da Baixada Cuiabana, serão orientados por técnicos do TCE quanto a tópicos específicos da prestação de contas do fundo.
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