Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso

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Quinta-feira, 31 de outubro de 2002 00h00


ESTADO TERá NOVOS PROGRAMAS DE INCENTIVO

Estado terá novos programas de incentivo

Bosaipo enviará mensagens à AL na segunda-feira

HAROLDO ASSUNÇÃO / ALMT



Agregar valor à produção agrícola mato-grossense, atrair indústrias para o estado, gerar empregos e aumentar a arrecadação de impostos. Estes foram os principais argumentos apresentados por empresários e produtores rurais ao governador em exercício, deputado Humberto Bosaipo (PL), em defesa da implantação de novos programas de incentivo - às culturas de mandioca, milho e amendoim.

Embora tenha uma das maiores produções de milho do país, Mato Grosso não favorece a industrialização do grão no estado. Sem ter para quem vender, os produtores mato-grossenses são obrigados a negociar com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que adquire o produto a preços irrisórios - e depois vende para as agroindústrias de outros estados. Em conseqüência disso, derivados como fubá, farinha, canjica e ração animal são importados para abastecer o mercado interno.

Os números são impressionantes: o quilo do milho sai do estado in natura por R$ 0,33 e produtos como os snaks - aqueles salgadinhos do tipo ‘skini’ - voltam ao preço de R$ 12 por quilo. Detalhe: estes são valores de indústria, isto é, o consumidor final paga ainda mais caro. Em impostos, a comparação também é espantosa. O quilo do milho exportado rende ao Estado R$ 0,04, enquanto o produto industrializado aqui significaria a arrecadação de R$ 0,31 por quilo.

“Além disso, há também a questão do trabalho. Atualmente, a cultura do milho só gera empregos na lavoura, enquanto uma indústria de beneficiamento como a que estamos instalando em Mato Grosso vai gerar cerca de trinta empregos diretos”, argumentou o empresário e produtor rural Mauro Breda. “Para nós, que adquirimos o produto industrializado para empacotar e distribuir, sai mais barato comprar em estados vizinhos como Mato Grosso do Sul e Goiás, ou até mais longe, no Paraná. O preço do produto compensa o custo do frete, em razão dos incentivos fiscais desses estados”, completou Tarlei Prado, da Mika Alimentos.

PRO-PANIFICAÇÃO - Com relação ao amendoim e à mandioca, a situação não é diferente. O amendoim é exportado para São Paulo e volta beneficiado. A mandioca abastece apenas o mercado interno, in natura ou transformada em farinha, que é produzida artesanalmente e em pequena escala.

Para industrializar a produção de amendoim, a Didani Alimentos - grande fabricante de doces - irá instalar uma unidade em Mato Grosso, com capacidade para processar aproximadamente 150 toneladas mensais do grão, volume que vai exigir o cultivo de 10 mil hectares por ano. Da mesma forma, a Fecularia Santa Rosa está montando uma fábrica em Rosário Oeste para industrializar a produção local, bem como de Acorizal, Jangada e outros municípios produtores de mandioca.

Convencido pelos empresários, o governador Humberto Bosaipo assumiu o compromisso de enviar à apreciação da Assembléia Legislativa, já na próxima segunda-feira (04) as mensagens para a criação dos programas de incentivo. Além disso, sancionará nos próximos dias a lei - proposta pelo deputado Hermínio J. Barreto (PL) e aprovada no Legislativo - que instituirá o programa de incentivo à panificação, segundo o qual as panificadoras deverão acrescentar fécula de mandioca à farinha de trigo.

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