Brasão

Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso


Terça-feira, 14 de agosto de 2007 17h57


O EX-SUPERINTENDENTE DE GESTãO FLORESTAL DA SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE, ROGéRIO RODRIGUES DA SILVA, O SEGUNDO A DEPOR NA SESSãO EXTRAORDINáRIA DA CPI DA SEMA, REALIZADA NESTA TERçA-FEIRA (14/08) NO AUDITóRIO RENé BARBOUR, NA ASSEMBLéIA LEGISLATIVA E QUE DUROU SEIS HORAS (TRêS HORAS PARA CADA DEPOENTE) ADMITIU QUE, SEM A CONIVêNCIA DE SERVIDORES DA SEMA NãO é POSSíVEL ACELERAR A APROVAçãO DOS PROJETOS DE MANEJO QUE SãO ENCAMINHADOS PELOS PRODUTORES, EMPRESáRIOS E MADEIREIROS...

Ex-superintendente da Sema admite conivência

Rogério Rodrigues mostrou conhecimento de causa e tranquilidade nas respostas

DA ASSESSORIA / ALMT



O ex-superintendente de Gestão Florestal da Secretaria de Meio Ambiente, Rogério Rodrigues da Silva, o segundo a depor na sessão extraordinária da CPI da Sema, realizada nesta terça-feira (14/08) no auditório René Barbour, na Assembléia Legislativa e que durou seis horas (três horas para cada depoente) admitiu que, sem a conivência de servidores da Sema não é possível acelerar a aprovação dos projetos de manejo que são encaminhados pelos produtores, empresários e madeireiros.

O servidor afirmou ainda ser possível que determinada proposta cumpra todo o trâmite exigido sem que o superintendente de Gestão Florestal perceba que aquele projeto está recebendo tratamento privilegiado. “Para ter andamento, o projeto não passa pela superintendência, a não ser no momento em que já está finalizado para ser liberado. São seis etapas (assinaturas) antes de chegar ao superintendente e, nesse trajeto, é plenamente possível que alguém previamente acordado carregue esse projeto “embaixo do braço” sem que ninguém perceba”, disse Rogério.

Mostrando bom conhecimento das funções técnicas da Sema, o ex-superintendente respondeu a vários questionamentos feitos pelos deputados José Riva (presidente da CPI), Walter Rabelo (vice-presidente) e Dilceu Dal’Bosco (relator) reconhecendo, inclusive, que a Sema apresenta um organograma bastante complexo, que mostra um inchaço desnecessário em algumas situações e uma carência extrema de mão-de-obra especializada para realizar os trabalhos de campo, principalmente, no que se refere às vistorias obrigatórias para liberação das Licenças Ambientais Únicas (LAU’s), essenciais para autorização dos projetos de manejo florestal.

Na avaliação dos três parlamentares que o argüiram, Rogério Rodrigues da Silva demonstrou bastante conhecimento e segurança nas informações. “Nós, da CPI, estamos bastante satisfeitos com o resultado do depoimento do Rogério. É claro que ainda está muito longe de fazermos uma avaliação mais concisa de tudo o que foi esclarecido a respeito da Sema até agora, até por que, ainda devem depor pelo menos mais 40 pessoas até que possamos apresentar conclusões”, disse o presidente da CPI, deputado José Riva, que confirmou para hoje mais dois depoimentos de funcionários da Sema, o superintendente jurídico, César Augusto D’Arruda e Afrânio Migliari, atual superintendente de Gestão Ambiental.

Riva também revelou que a CPI vai discutir internamente a possibilidade de pedir a quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico de alguns servidores da Sema que foram considerados suspeitos de terem cometido irregularidades.


Secretaria de Comunicação Social

Telefone: (65) 3313-6283

E-mail: imprensa1al@gmail.com