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Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso


Sexta-feira, 4 de julho de 2003 17h53


CONVIDADO PELA DEPUTADA VERA ARAúJO (PT), O SECRETáRIO ESPECIAL DA PESCA DO GOVERNO FEDERAL, JOSé FRITSCH, DISCUTIU COM REPRESENTANTES DO GOVERNO E DOS PESCADORES FINANCIAMENTOS PARA A PESCA. ENTRE AS ALTERNATIVAS CITADAS, ESTá O AUMENTO DA ATIVIDADE EM TANQUE DE REDE, CUJOS RECURSOS Já “ESTãO SENDO DISCUTIDOS COM OS BANCOS E DEVEM ESTAR DISPONíVEIS EM BREVE”...

Fritsch destaca linha de financiamento para pesca

Visita a Cuiabá faz parte de uma série realizada nas várias capitais com objetivo de discutir melhorias para a aqüicultura e pesca brasileiras

MARIA NASCIMENTO / SECRETARIA DE IMPRENSA



Convidado pela deputada Vera Araújo (PT), o secretário especial da Pesca do Governo Federal, José Fritsch, chegou nesta sexta-feira (4/7) em Cuiabá e discute com representantes do governo e dos pescadores a realidade dos setores de aqüicultura e pesca, com destaque para as questões de financiamentos. A visita a Cuiabá faz parte de uma programação nacional do governo Luis Inácio Lula a da Silva e, segundo Fritsch, deve culminar com políticas que assegurem o aumento da produtividade, das exportações e da qualidade de vida dos trabalhadores do setor.

Fritsch sinalizou positivo quanto às expectativas mato-grossenses: “Nossa secretaria tem o objetivo de fomentar o setor de produção e pesca e estaremos dispostos a contribuir com atividades que estimulem a pesquisa, criação e exportação”, assegurou. Entre as alternativas citadas por ele, o aumento da atividade em tanque de rede, cujos recursos já “estão sendo discutidos com os bancos e devem estar disponíveis em breve”.

Durante o encontro na Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), o presidente da Federação de Cooperativas de Pescadores do Estado, Lindemberg Gomes de Lima, entregou ao secretário José Fritsch um documento com as reivindicações dos trabalhadores. A principal preocupação é o aumento da abertura de linhas de créditos para os pescadores profissionais, nas formas individuais e em cooperativas.

Renda

Atualmente, a única linha de crédito disponível, o Pronaf/Pesca, não atende às necessidades do setor, segundo Lima. Eles sugerem que o governo abra outras linhas, não só para a pesca direta, mas para outras atividades, como cerâmica e produção de rapaduras, por exemplo, destinadas às famílias ribeirinhas, como alternativa de renda para os sete meses do ano em que a pesca é menos farta, ou até proibida.

Em um discurso inflamado, Gomes lembrou que a origem de Mato Grosso passa pelas atividades pesqueiras e solicitou que o governo Lula “dê mais atenção ao pescador”. “A meta dos ribeirinhos é resgatar a antiga qualidade de vida dos profissionais de pesca que ao longo dos anos foi-se perdendo”, disse.

Em contrapartida, os profissionais da pesca dizem estar dispostos a dar suas contribuições para a preservação dos rios. “Queremos fazer a nossa parte. Já fomos taxados de devastadores dos rios e não é assim. Queremos sentar com os governos Estadual e Federal e encontrar uma alternativa sustentável para o meio ambiente e que melhore a qualidade de vida das famílias pescadoras”, propôs Lima, em nome de 6,7 mil profissionais registrados Mato Grosso.

Os pescadores querem ainda a rediscussão da atual lei de pesca porque “não está em conformidade com as necessidades do pescador e do rio. Queremos uma nova Lei de Pesca que atenda ao pescador e sua família, respeitando o meio ambiente”.

Outra solicitação do setor, é que o governo possa contribuir com a solução para o impasse do caso da Usina de Manso. “Há três anos estamos tentando reaver os direitos dos pescadores que foram retirados daquela área e nada acontece”. Desde que fecharam as comportas de Manso, 2.200 ribeirinhos esperam o resultado de uma ação de reparação de danos que tramita na Justiça”, cobrou.

Diagnóstico

A federação também entregou ao secretário especial da Pesca um diagnóstico da situação dos rios e dos pescadores mato-grossenses. No documento, a categoria alerta que “são tantas as agressões que os nossos rios estão sofrendo e, no entanto, são tímidas as iniciativas para salvá-los”.

Entre os problemas elencados, estão o despejo de esgotos, canalizações que escondem a realidades dos rios sem um processo de tratamento dos resíduos, desmatamento e uso inadequado do solo, ocupação das áreas de preservação permanentes, destruição da vegetação ciliar, desmoronamento das barrancas e conseqüente assoreamento dos rios, além de envenenamento por agrotóxicos nos rios e córregos de Mato Grosso.

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