O governador Blairo Maggi (PPS) anunciou hoje, durante reunião com os delegados de polícia, que apresenta na próxima semana o valor do novo teto salarial do Estado que passará a vigorar a partir de janeiro. Da fixação do subsídio do governador depende o realinhamento salarial de diversas categorias, como é o caso dos próprios delegados, uma vez que o teto da categoria já está igual ao governador.

Entretanto, Maggi já descartou para os delegados a possibilidade de se criar uma verba indenizatória como a que foi concedida para o Grupo TAF. A medida foi apresentada pela categoria como uma espécie de paliativo até o início do próximo ano, quando poderiam discutir o realinhamento definitivo.

“O governo pediu o prazo até a próxima semana. Depois disso vamos levar o assunto para ser discutido em Assembléia”, afirmou o presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia (Sindepo), Sebastião Finotto.

A reunião com o governador foi articulada pela Assembléia Legislativa. Há cerca de 20 dias, quando Blairo Maggi estava na China, a categoria iria entrar em greve, o que foi evitado depois de uma reunião com os deputados estaduais que se comprometeram em intermediar com o governo uma proposta de reajuste.

“Na ausência do governador pedimos para a categoria não paralisar as atividades, pois buscaríamos abrir a conversa entre as duas partes. O governador afirmou hoje que não tem como mexer agora no subsídio, mas abriu algumas possibilidades em curto prazo, como estar pagando alguns direitos. O importante é que houve a abertura do diálogo, o que é o melhor caminho para se resolver o impasse”, ressaltou o presidente da Assembléia, deputado José Riva (PTB).

Também participaram da reunião os deputados Mauro Savi (PPS), João Malheiros (PPS), Alencar Soares (PTB), Sebastião Rezende (PTB), Nataniel de Jesus (PMDB), Gilmar Fabris (PFL) e Humberto Bosaipo (sem partido).

Além dos delegados, os peritos criminais e papiloscopistas também aguardam negociação com o governo. Entretanto, a proposta para esta categoria já foi feita pelo governo e encaminhada para a Assembléia. O realinhamento linear de 7,67% apresentado pelo Executivo não agradou os peritos que há dez anos estão sem reajuste. O percentual reivindicado é de 114%.

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