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Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso


Quinta-feira, 17 de junho de 2004 18h44


A DEPUTADA VERA ARAúJO (PT) QUE APóIA ABERTAMENTE O MOVIMENTO GAY EM MATO GROSSO, PRESIDIU UMA AUDIêNCIA PúBLICA NA ASSEMBLéIA LEGISLATIVA, QUE ABORDOU A “DIVERSIDADE SEXUAL”. NO EVENTO, TAMBéM FOI LANçADO O LIVRO BRASIL SEM HOMOFOBIA, PROGRAMA DE COMBATE à VIOLêNCIA E à DISCRIMINAçãO CONTRA GLTB E DE PROMOçãO DA CIDADANIA HOMOSSEXUAL...

Homossexuais reivindicam garantias de direitos

União civil está entre as reivindicações. Mato Grosso é o primeiro estado a lançar o livro Brasil Sem Homofobia

ITIMARA FIGUEIREDO / SECRETARIA DE IMPRENSA



A deputada Vera Araújo (PT) que apóia abertamente o movimento Gay em Mato Grosso, presidiu uma audiência pública na Assembléia Legislativa, que abordou a “Diversidade Sexual”.

No evento, também foi lançado o livro Brasil Sem Homofobia, programa de combate à violência e à discriminação contra GLTB e de promoção da cidadania homossexual.

Para a deputada, o objetivo do debate é promover visibilidade aos direitos do cidadão que sofre preconceito e discriminação. “É uma oportunidade de ouvir essas pessoas para propor políticas públicas voltadas ao segmento”, afirmou, ao defender a inclusão social da categoria.

Conforme o secretário regional do Centro Oeste da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transgêneros (ABGLT) e membro do Grupo Livremente, Clóvis Arantes a categoria sofre mais preconceito que os negros.

“Os homossexuais sofrem um preconceito mais visível por exemplo, na hora de procurar um emprego e na escola”, afirmou, ao citar a pesquisa da Unesco onde aponta que 35% dos pais entrevistados são contra amizade dos filhos com homossexuais.

Com base nisso, Arantes reforçou a necessidade de fazer trabalho de conscientização para mostrar a população que solidariedade e justiça deve ser para todos.

“Temos que ser solidários com todo ser o humano independente da orientação sexual, religião ou credo que ele prossegue”. Ele destacou a audiência na Assembléia como mais um avanço para a categoria para discutir futuros projetos que beneficiem os homossexuais. “É importante falarmos para os parlamentares nossas reivindicações”.

Vítima de agressões física por um menor homofóbico, o presidente da Consciência e Liberdade de Orientação Sexual e Educacional de Tangará da Serra, colunista social Osmir Bardeli disse que a educação é fundamental para as pessoas vencer o preconceito e que por isso, a luta é válida.

“Só estamos pedindo os nossos direitos conforme a Constituição Federal nos assegura”. Bardeli informou que no interior o preconceito é ainda maior. “Infelizmente o homossexual é vítima dessas atitudes”.

Amanhã a Parada Gay inicia às 9 horas com audiência pública na Câmara Municipal, às 15 horas concentração na Praça Santos Dumont e segue para a Praça Alencastro com shows das Frenéticas, apresentações culturais e discursos. No sábado, a categoria participa de um teatro de Campo Grande/MS, com a peça “Gaiola das Loucas”.

Participam da 2ª Parada Gay representantes de vários municípios de Mato Grosso, entre eles de Rondonópolis e Tangará da Serra.

Movimento

No ano passado, a primeira Parada Gay em Cuiabá reuniu cerca de quatro mil pessoas. Amanhã (18), a expectativa é a de que aproximadamente 10 mil pessoas participem da 2ª Parada Gay que trás o tema: Pouca Vergonha é o seu Preconceito.

De acordo com Arantes, diversos avanços foram conquistados após o primeiro movimento, inclusive, a obtenção do apoio de instituições como Unesco, Ministério da Saúde e Governo. “A Parada Gay abre canal de discussão por todos os poderes estabelecidos”, ressaltou o secretário Clóvis Arantes.

Brasil Sem Homofobia

É uma publicação do Ministério da Saúde e Conselho Nacional de Combate à Discriminação com distribuição gratuita. A obra aborda temas como os princípios do Programa Brasil Sem Homofobia; programa de ações que engloba: Articulação da Política de Promoção dos direitos de Homossexuais; Legislação e Justiça; Cooperação Internacional; Direitos à Segurança como combate à violência e à impunidade, à Educação, Saúde, Trabalho e Cultura.

Além desses, trás uma discussão sobre políticas para a juventude, mulheres e contra o racismo e homofobia. Todos os participantes da audiência foram contemplados com cópias da publicação.

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