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Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso


Sexta-feira, 2 de julho de 2004 13h15


A FALTA DE CONSCIêNCIA DOS RISCOS ECOLóGICOS E DE UMA COLETA DE LIXO INSUFICIENTE SãO FATORES QUE LEVARAM O DEPUTADO JULIANO JORGE (PL) APRESENTAR PROJETO DE LEI QUE ESTABELECE NORMAS PARA A DESTINAçãO FINAL DE GARRAFAS PLáSTICAS DE REFRIGERANTE...

Juliano pede reciclagem de garrafas PET em MT

A indústria de reciclagem das garrafas PET foi a que mais cresceu no setor plástico nos últimos cinco anos

ADRIANA HARTWIG / ASSESSORIA DE GABINETE



Diariamente são descartadas, no Brasil, 200 mil toneladas de embalagens do tipo Pet. Em Cuiabá são coletadas 22,5 toneladas por mês. Mas uma grande quantidade é descartada em rios, córregos e galerias pluviais. O saldo da falta de consciência dos riscos ecológicos e de uma coleta de lixo insuficiente. Fatores que levaram o deputado Juliano Jorge (PL) apresentar projeto de lei que estabelece normas para a destinação final de garrafas plásticas de refrigerante.

De acordo com o deputado, a má destinação de tais produtos gera um custo não só ambiental mais também humano. “Além de poluir, o acumulo desse material é um agravante nas inundações e deslizamentos, já que dificultam o escoamento da água”, alertou o parlamentar.

Pela proposta, toda indústria produtora de refrigerantes ficará responsável pela recompra das embalagens e pelo envio das mesmas a cooperativas e associações que trabalham com reciclagem.

Além disso, as empresas terão a função de estimular a coleta das embalagens plásticas divulgando temas relacionados à educação ambiental e sua reciclagem. Os postos de coleta serão implantados nos estabelecimentos que comercializam os refrigerantes. Que pagaram pela embalagem 5% do valor do produto à venda.

O objetivo é discutir as alterações do projeto de lei de sua autoria que estabelece normas para a destinação final de garrafas e outras embalagens plásticas.

Ano passado, uma audiência pública realizada pela Assembléia Legislativa alertou para a reciclagem das garrafas Pet pelas indústrias. O resultado da audiência ampliou toda as discussões em torno do assunto.

A indústria de reciclagem foi a que mais cresceu no setor plástico no estado de Santa Catarina, nos últimos cinco anos. Neste período, o volume reprocessado cresceu 166,4% ao ano, atingindo 16,9 mil toneladas em 1999. Isso equivale a 3,7% do total transformado pelo setor em Santa Catarina.

Contudo, esse crescimento reflete mais o reaproveitamento de resíduos gerados em processos industriais do que a reciclagem de lixo doméstico, como embalagens e garrafas, o chamado plástico “pós-consumo”.

Este segmento cresce de maneira menos acelerada, devido a problemas como a necessidade de escala de produção, falta de linhas de financiamento e ausência de legislação que estimule a atividade.

Reciclagem

Existem três tipos de processos de reciclagem do PET no Brasil, o mais comum é o mecânico. O processo de reciclagem de embalagens plásticas (PET) requer, em média, apenas 30% da energia necessária para a produção da matéria-prima.

Entre os benefícios de reciclagem do volume de lixo coletado, todo ele é removido para aterros sanitários, proporcionando melhorias sensíveis no processo de decomposição da matéria orgânica (o plástico impermeabiliza as camadas em decomposição, prejudicando a circulação de gases e líquidos).

Diversos produtos podem ser produzidos a partir do PET reciclado, confira alguns deles, indústria automotiva e de transportes - tecidos internos (estofamentos), carpetes, peças de barco, pisos - carpetes, capachos para áreas de serviço e banheiros, artigos para residências - enchimento para sofás e cadeiras, travesseiros, cobertores, tapetes, cortinas, lonas para toldos e barracas, embalagens - garrafas, embalagens, bandejas, fitas, enfeites - têxteis, roupas esportivas, calçados, malas, mochilas, vestuário em geral, uso químico - resinas alquídicas, adesivos.

Do total reciclado de PET, 40% vão para a indústria têxtil, que é a principal aplicação para o produto.

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